Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 8ª Semana da Matemática do Ifes

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FEIRA DE MATEMÁTICA: OPERAÇÕES DE MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO COM TABLETES DA BABILÔNIA ANTIGA

Lucas Mulinari Bongiovani, Jhúlia Rittberg Rocha, Claudia Alessandra Costa de Araújo Lorenzoni

Última alteração: 2019-05-15

Resumo


FEIRA DE MATEMÁTICA: OPERAÇÕES DE MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO COM TABLETES DA BABILÔNIA ANTIGA

 

Resumo: O trabalho explora as operações de multiplicação e divisão de números reais como operações inversas e toma como base tabelas da Babilônia Antiga de multiplicação e de recíprocos de números no sistema de numeração sexagesimal; discute os métodos prováveis adotados na época e faz um paralelo com estratégias de cálculo de multiplicações e divisões no sistema de numeração decimal. A expressão Babilônia Antiga refere-se a cerca de 2000 a 1600 a.C. e utiliza em seus registros a escrita cuneiforme, criada pelos sumérios cerca de 3.200 anos a.C., tendo como característica a forma de cunha dos sinais, marcados em tabletes, em sua maioria retangulares, feitos de argila (PHILLIPS, 2012). Alguns resultados da pesquisa são os recursos criados para abordar o tema proposto em interação com os visitantes na Feira de Matemática, onde serão propostas atividades interativas como o registro de números em escrita cuneiforme sobre reproduções dos tabletes babilônicos em massa de modelar, com dimensões em torno de 12cm de comprimento e 6cm de largura, de modo a caber na palma da mão; apresentação dos tabletes de multiplicação com algumas informações faltantes, de maneira que os participantes decifrem, e exposição sobre o contexto histórico como recurso metodológico introdutório à ideia de uma base numérica diferente da que utilizamos. O mesmo contexto histórico deve levar a uma reflexão sobre a importância de estratégias de uso das tabelas de cálculos num período em que não se dispõe de máquinas de calcular. Os visitantes são convidados a empregar métodos semelhantes de multiplicação e divisão babilônios em fichas com operações nas bases 12 ou 10. Especialmente, espera-se estabelecer um paralelo entre os métodos babilônicos e estratégias de cálculo mental envolvendo números na base 10, reforçando a posição didática-pedagógica das representações lúdicas para aproximação de características peculiares de algumas ideias em Matemática e permitindo uma conexão intelectual com o “fazer matemática” em outras culturas e períodos históricos.

 

Palavras-chave: tabletes babilônicos, multiplicação e recíprocos, história da matemática.

 

Referências:

BOYER, Carl B. História da Matemática. São Paulo: Edgard Blucher, 1996.

PHILLIPS, Tony. Old babylonian multiplication and reciprocal tables. American Mathematical Society: Feature Column. v.5. 2012. Disponível em: http://www.ams.org/publicoutreach/feature-column/fc-2012-05. Acesso: 12 abr. 2019.

ROQUE, Tatiana. História da Matemática: uma visão crítica, desfazendo mitos e lendas. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.