Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 8ª Semana da Matemática do Ifes

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UMA REFLEXÃO SOCIO-CRÍTICA DE ALUNOS DO CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO SOBRE ACESSIBILIDADE A PARTIR DA MODELAGEM MATEMÁTICA

Marilete Abadi, Bruna Zution, Oscar Rezende, Luciano Lessa

Última alteração: 2019-05-14

Resumo


Este relato tem por propósito apresentar um trabalho realizado com os alunos do 1º período, na modalidade concomitante, do curso Técnico em Segurança do Trabalho noturno de um Instituto Federal do ES, que teve por objetivo promover uma reflexão sócio crítica sobre acessibilidade por meio de uma atividade Modelagem Matemática (MM) na concepção sócio crítica de Barbosa (2001). A motivação para tal se deve a experiências com alunos com Necessidades Educacionais Específicas (NEE) e a oportunidade de desenvolver a interdisciplinaridade entre o núcleo técnico ao conteúdo de Estatística. Para o desenvolvimento da atividade de MM utilizamos o caso 2 do referido autor, em que o professor traz para sala de aula um problema de outra realidade, cabendo aos alunos coletarem as informações necessárias para resolução. Essa outra realidade foram as questões de sinalização e informação (item 5), da Norma Brasileira (NBR) 9050:2015 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sob título “Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos”. A fim de facilitar a compreensão deste caso, o mesmo foi dividido em: ambientação, execução e resolução. Na aula de ambientação, familiarizamos com o tema sinalização e informação apresentando a importância de manter uma comunicação clara e acessível, trabalhamos com as linguagens verbais e não verbais através de três dinâmicas: O Cometa Halley e as pérolas da comunicação, Qual é a música? e Dinâmica das formas. O objetivo era refletir sobre as possíveis dificuldades que um aluno com NEE poderia ter em relação a comunicação. A segunda etapa foi a realização de inspeções de Saúde, Segurança e Meio Ambiente baseada no item 5 da NBR 9050:2015 e uma entrevista estruturada via Google Forms sobre NEE. Além de poder participar de uma prática de um profissional de Segurança do Trabalho, os alunos confrontaram os dados da inspeção com a percepção do usuário deste espaço escolar. Por fim, a resolução, momento em que os alunos apresentaram os dados da segunda etapa e, através de relatos orais e escritos fizeram a reflexão sócio – critica esperada. Há indícios, verificados por meio destes relatos que indicam que conseguimos alcançar nosso objetivo de promover uma reflexão sócio crítica, seguem alguns exemplos: há necessidade promover movimentos culturais e sociais para inserir as pessoas com NEE no contexto educacional, a acessibilidade é um fator essencial no processo de inclusão educacional e a falta de convivência, solidariedade, respeito e cooperação fazem com que as pessoas sejam preconceituosas a cerca do que não conhecem, precisamos levar informações àqueles que ainda não conhece.