Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 8ª Semana da Matemática do Ifes

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UM “MATEMÁGICO” COM UM BELO TRUQUE DE CARTAS

Arthur Gonçalves Victor, Douglas Araujo Victor, Saulo de Siqueira e Silva, Michel Guerra de Souza

Última alteração: 2019-05-13

Resumo


O presente trabalho foi desenvolvido por um grupo de dois alunos de 4º ano do ensino fundamental (anos iniciais) orientados por dois professores de ensino médio. A motivação e ideia para a realização do trabalho surgiu de uma brincadeira com baralho, na qual o professor fazia um “truque de mágica” com os alunos. O interesse pelo truque foi seguido por um interesse, quase óbvio, de saber como é feito o truque. Porém, para fazer o truque de forma correta, é necessário conhecer sistemas de numeração que, teoricamente, não é conteúdo curricular de uma turma do 4º ano do ensino fundamental (de fato, foram recentemente introduzidos às quatro operações fundamentais!). Em virtude disso, foi necessário trabalhar com tal conceito de forma mais intuitiva, o que era possível pois os alunos já tinham iniciado estudos sobre divisão e demais operações fundamentais. O objetivo do trabalho é estimular a curiosidade matemática e refletir sobre o processo de aprendizagem de crianças de 9 ou 10 anos. Isto se torna viável pois as crianças trabalham com conteúdo que ainda não lhes foi apresentado em sala de aula e, portanto, desenvolvem uma técnica pessoal de aprendizagem, sem carregar “vícios” de sala de aula.  O truque consiste essencialmente em separar de 27 cartas, 3 grupos de 9 cartas, e o “cliente” pode escolher uma das cartas e um número aleatório entre 1 e 27 de modo que o “mágico” use este número para “adivinhar” qual foi a carta que o cliente escolheu. O segredo da mágica está essencialmente na escolha de tais grupos, e essa escolha depende de escrever o número escolhido na base 3. A apresentação será iniciada pela realização do truque com o público. Em seguida, os alunos explicarão (com o vocabulário ao qual são limitados) o porquê a escolha da base 3, como é feito a “mágica” e como essa escolha influencia no funcionamento do truque. A parte referente ao funcionamento do truque exibe um raciocínio ingênuo sobre escrita em bases numéricas, desenvolvido pelos próprios alunos. É interessante perceber a estratégia que cada aluno apresenta para a escrita na base três, evidenciada pela diferença de raciocínio de cada aluno para o mesmo fim. Os materiais usados serão o baralho, para a mágica, e recursos visuais (cartazes e animações gráficas) para explicar o funcionamento da mágica que é consideravelmente sofisticado. A escolha de um conteúdo que não é pertinente ao programa do ano escolar dos alunos, mostrou o quanto pode ser interessante usar a intuição associada à uma forma de entretenimento (na qual a matemática é de fato necessária) é uma forma eficiente de iniciar e desenvolver certos conteúdos matemáticos com alunos de anos iniciais do Ensino Fiundamental.