Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 8ª Semana da Matemática do Ifes

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ABA E O ENSINO DE MATEMÁTICA PARA CRIANÇAS COM AUTISMO: ATRAVESSANDO PONTES DE REPRESENTAÇÃO

Maria das Dores Soares Damaceno Jardim, Eucilene CArvalho de Souza Campos, Edmar Thiengo

Última alteração: 2019-05-09

Resumo


O presente trabalho relata a experiência vivenciada enquanto residentes de uma escola de ensino médio no município de Vitória, no Estado do Espírito Santo, cujo objetivo é apresentar alguns resultados elementares de Álgebra no ensino médio  com alunos com TEA (Transtorno do Espectro do Autista) ou Autismo, tendo como base a Análise do Comportamento Aplicada, conhecida pela sigla ABA. Deste modo, o trabalho buscou identificar dificuldades vivenciadas na prática docente do ensino, que refletem sobre as práticas de ensino de matemática no ensino básico junto aos autistas. A inclusão seja na escola ou sociedade é extremamente complicada para estudantes que possuem o espectro autista, uma vez que o espectro apresenta singularidades que impedem uma padronização no trato com estas crianças. O ensino-aprendizagem de autistas é um imenso desafio enfrentado pela educação como um todo, independentemente do nível. Uma vez que o Licenciando não adquire nenhuma experiência na faculdade para lidar com tais dificuldades. Esta configuração corrobora para um ambiente onde o ensino da matemática – o foco deste trabalho – seja negligenciado em sua excelência de ensino-aprendizagem com estudantes que careçam de atendimento diferenciado para sua plena compreensão da matéria. Além disso, a falta de qualificação soma-se ao agravante da nulidade de políticas pedagógicas e espaços apropriados. Entretanto, deve-se salientar que o ensino-aprendizagem e as interações sociais do aluno autista não são de responsabilidade exclusiva da escola, sendo fundamental a participação da família e o reconhecimento do autista de que necessita de ajuda. Diante deste quadro, optamos por observações e intervenções pontuais em sala de aula como procedimentos metodológicos junto aos alunos autistas. Desta forma, os resultados adquiridos apontam para uma realidade em que os professores não se consideram aptos para ofertarem um ensino necessário às necessidades dos estudantes autistas. Os métodos e adaptações usados durante o trabalho auxiliaram em proporcionar uma aprendizagem de conceitos matemáticos, trazendo uma melhora acadêmica significativa para o estudante. A pluralidade de métodos apresentados, assim como, a importância de suas especificidades diante das características do autismo possibilitou uma melhor performance na disciplina de matemática.