Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 8ª Semana da Matemática do Ifes

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EXPERIÊNCIA DA APLICAÇÃO DE UM JOGO ESQUEMÁTICO: OPERAÇÕES COM NÚMEROS DECIMAIS SOB A LUZ DA ATIVIDADE ORIENTADORA DE ENSINO

Gabriele Goncalves Soares, Sheila Mara Silva dos Santos, Luciano Lessa Lorenzoni

Última alteração: 2019-05-24

Resumo


O resumo apresenta um relato de experiência da aplicação de um jogo esquemático sobre operações com números decimais em uma turma de sexto ano do ensino fundamental. O aporte teórico utilizado no desenvolvimento desse relato foi a Atividade Orientadora de Ensino (AOE), criada por Manoel Oriosvaldo de Moura e aperfeiçoada pelo Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Atividade Pedagógica (GEPAPe). A AOE fundamenta-se em Vigotski com a Teoria Histórico-Cultural e em Leontiev, com a Teoria da Atividade. Nosso objetivo foi de por meio do jogo, fazer com que os alunos se apropriassem dos conhecimentos teóricos da matéria de operações com números decimais, dada anteriormente pela professora supervisora do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – Pibid – da área de matemática do XXXX. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à docência (Pibid), que é um programa financiado pela Capes, criado com o intuito de contribuir para a formação docente, nesse caso dos licenciandos em matemática do XXXX, por meio da inserção dos licenciandos no cotidiano escolar. A AOE foi escolhida para ser utilizada neste contexto, pois de acordo com Moura (2016), ela dispõe da Situação Desencadeadora de Aprendizagem (SDA), que tem o jogo como um dos seus recursos metodológicos para a formação do pensamento teórico do estudante, além disso, ela fundamenta o trabalho do professor na organização das ações de ensino. Para a aplicação do jogo separamos os alunos em duplas, cada dupla recebeu um dado e dois esquemas diferentes do jogo. Logo após a distribuição dos materiais necessários ao jogo, instruímos os alunos que cada um jogasse o dado, sendo que o aluno que obtivesse da dupla, o maior número do dado, começaria a resolver o esquema e depois de respondido um dos quadrados do esquema, que os dois jogassem novamente o dado para saber quem seria o próximo, e assim esse processo repetia-se até um dos alunos da dupla ter um esquema não só todo preenchido, mas preenchido corretamente, ou seja, até termos um vencedor. Apesar da empolgação inicial da maioria dos alunos, eles foram ficando desmotivados com o passar do tempo, pelo fato de terem dificuldade com a tabuada e assim demorarem muito tempo para resolver as operações. Foi possível observar também, que o jogo utilizado para que os alunos se apropriassem dos conhecimentos teóricos da matéria, não atendeu as nossas expectativas, já que ele não trouxe em si a gênese do conceito, ou seja, não explicitou a necessidade que levou a humanidade à construção do referido conceito, o ideal seria um jogo que os levassem a perceber a necessidade das operações com números decimais. Portanto, este jogo foi aplicado de modo equivocado, mas não nos desmotivou, pelo contrário, nos mostrou que não é qualquer jogo que trará resultados satisfatórios e nos ensinou que sempre temos que está em busca do aperfeiçoamento para futura prática docente.