Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 8ª Semana da Matemática do Ifes

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A LINGUAGEM MATEMÁTICA NA SALA DE AULA: CONTRIBUIÇÕES NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Anderson José Silva, Marilete Batista Abadi

Última alteração: 2019-05-09

Resumo


No âmbito escolar, o processo de ensino e aprendizagem perpassa pelo recurso da comunicação. Comunicar-se em sala de aula contribui para que os alunos interajam e aprendam em conjunto, além de possibilitar expressar sentimentos de competência e motivação. A comunicação em sala de aula ocorre por meio de diversos tipos de linguagem. Aquela mais formal, própria da ciência em estudo, que dá restruturação de símbolos complexos, objetiva uma compreensão mais fácil do objeto de estudo. O conhecimento familiar, trazido de casa que é transmitido de gerações em gerações deve ser cultivado na escola, e pode promover-se por meio da linguagem matemática. Apesar de toda relevância que a matemática possui na formação intelectual e social, ainda é grande sua rejeição no contexto educacional. Segundo Rudd et al (2008) as crianças são capazes de realizar complexos pensamentos matemáticos e o ambiente no qual estão inseridos pode ou não contribuir na aprendizagem em matemática. Destaca também que o professor tem importante papel no planejamento de suas aulas, principalmente no que diz respeito a linguagem que utilizará. A decisão na escolha é influenciada por diversos fatores, dentre os quais podemos destacar: a) a concepção do professor; b) o nível sociocultural; c) a formação de professores; d) o conhecimento prévio e e) as expectativas dos alunos. A visão do professor quanto a sua disciplina, pode também, influenciar no seu ensino e consequentemente, na utilização de uma melhor linguagem. Diante disso, o objetivo deste trabalho é destacar a importância da linguagem no processo de ensino e aprendizagem de matemática. Para tanto, acreditamos ser necessário abordar a definição de Língua Materna, Língua e Linguagem e Comunicação. Essas terminologias contribuirão para o melhor entendimento do que constitui a Linguagem Matemática e suas implicações na sala de aula. Trata-se de estudo bibliográfico fundamentado em Almeida (2014), tendo como aporte teórico Bakhtin (2006), Machado (1989; 2001), Cândido (2001), Zuchi (2004), dentre outros. Com base nesses autores, observa-se que existem conflitos entre a linguagem utilizada no cotidiano escolar e a linguagem matemática, que por vezes deriva do uso de palavras técnicas da própria ciência e que geram ambiguidade ou duplo sentido com as palavras utilizadas no vocabulário fora da sala de aula. O professor tem a possibilidade de diminuir as dificuldades que podem ser geradas, atuando de forma a tornar a matemática mais transparente, transcrevendo-a em uma linguagem acessível aos alunos.