Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 8ª Semana da Matemática do Ifes

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A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Renata Toneli Tedesco, Anderson José Silva

Última alteração: 2019-05-09

Resumo


A economia mundial é surpreendida constantemente por crises provocadas por diferentes fatores. Dentre estes, podemos destacamos a crise política instalada no Brasil com reflexos na economia provocando desconfiança dos investidores. Percebe-se também uma importante queda de produtividade, retração nas exportações e aumento do desemprego. Em contrapartida, observamos uma atraente e constante chamada para o consumo veiculado em diversas mídias, que induzem ao consumo excessivo crianças, adolescentes, adultos e jovens, gerando endividamentos e problemas financeiros. Esta discussão inicial foi importante para se elaborar este trabalho cujo enfoque é: refletir sobre a importância de trabalhar a educação financeira com os alunos do ensino fundamental e médio para que futuramente se transformem em adultos conscientes e capazes de decidirem criticamente suas escolhas financeiras, pensando de forma sustentável e consciente. Na prática docente, antes de iniciarmos qualquer assunto, especificamente sobre a matemática, devemos refletir nas seguintes perguntas: É do interesse dos alunos? Onde eles poderão usar este conteúdo? Devemos reconhecer que a reponsabilidade pelo desenvolvimento dos conteúdos matemáticos financeiros no ensino fundamental e médio não deve ser imputado apenas aos livros ou aos cursos de formação de professores. Se um dos objetivos da escola é preparar o aluno para o mundo do trabalho, o docente precisa inserir o assunto de forma integrada às práticas sociais dos estudantes. A participação igualitária retira do professor o papel central e de autoridade absoluta, colocando os alunos em status de colaboradores, surgindo assim, o diálogo e a participação. Nesse processo dialógico e ativo, surge a democratização dos espaços educativos. O envolvimento dos alunos é sem dúvida uma resposta positiva à tentativa de democratização do ensino. Contudo, para que essa participação de fato ocorra, faz-se necessário atentarmos para o contexto social, político, econômico e cultural dos educandos. Paulo Freire (1998) chama de Educador Democrático aquele que não se nega ao seu dever, quando em sua prática docente, reforça a capacidade de agir e pensar do educando, sua curiosidade e sua insubmissão no sentido da não aceitação sem o questionamento e a devida reflexão daquilo que é ensinado. Pretende-se demonstrar assim, a importância da educação financeira para alunos do ensino fundamental e médio partindo-se do pressuposto de que crianças e jovens que tenham a oportunidade de receber esse conhecimento se desenvolvam melhor para construir e exercer a sua plena cidadania.