Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 8ª Semana da Matemática do Ifes

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UM OLHAR DIFERENCIADO PARA A SALA DE AULA: ATIVIDADES DESENVOLVIDAS COM ALUNOS COM NEE

Solange Taranto Reis, Marilete Batista da Vitoria Abadi, Dilza Coco

Última alteração: 2019-05-13

Resumo


Este relato apresenta duas atividades desenvolvidas com alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE). Este termo é utilizado pelo Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE) do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) conforme a Resolução do Conselho Superior nº 34/2017, de 9 de outubro de 2017, que em linhas gerais visa abarcar amparo legal a alunos que possuem alguma deficiência física, intelectual, mental, sensorial, com transtornos globais do desenvolvimento ou com altas habilidades/superdotação. A primeira atividade foi desenvolvida em forma de oficina aberta a todos os alunos do curso técnico, na modalidade de ensino de Educação de Jovens e Adultos, que tinha por objetivo relacionar o conteúdo de Análise Combinatória com as Normas Regulamentadoras (NR), NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) e NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos, do Ministério do Trabalho. Porém ela não foi planejada para ser aplicada com aluno de baixa visão, assim tivemos que fazer adequações no momento da aplicação utilizando o computador dos alunos de baixa visão. Após essa experiência passamos a ter um olhar diferenciado no planejamento das aulas e oficinas. Tomando como base os pressupostos de Vigotski (2011) a Educação Especial deve perder o caráter de especial, afinal a educação é para todos, somos únicos e cada um busca seu desenvolvimento. Na visão de Vigotski o aluno com NEE não deve ser caracterizado por sua necessidade, pois, nada mudaria na sua educação, deveria-se trabalhar as suas potencialidades através da relação com o outro, desta forma na interação social com práticas educacionais não celetista todos podem aprender. A partir dessa referência desenvolvemos uma atividade de inspeção nas instalações do IFES baseado na NR 23 de proteção contra incêndio levando em consideração a inclusão, assim toda a atividade foi planejada para ser desenvolvida em grupo onde os estudantes separados em grupos receberam uma folha de atividade com orientações da localização de onde seria sua verificação e atividades a serem desenvolvidas. Nesta atividade deveriam aferir a área em que se encontram os extintores, a distância entre eles e a altura de fixação dos mesmos. Esses dados foram utilizados para as demais atividades propostas para o ensino de área e perímetro. Nesta atividade tivemos a participação de um aluno com NEE (baixa visão e surdez). Durante a atividade constamos uma interação entre os alunos com o aluno com NEE, que trocaram informações com a intermediação da intérprete de libras, para o desenvolvimento da atividade e depois para apresentação. Após esta atividade percebemos uma maior interação dos alunos com o aluno com NEE na sala de aula e professoras passaram a promover mais atividades com um olhar voltado para a inclusão.