Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 7ª Semana da Matemática do Ifes

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A MATEMÁTICA NO CALENDÁRIO GREGORIANO

Lourenço Gonçalves Junior, Waldileria Silva Viana

Última alteração: 2018-05-17

Resumo


Uma breve análise sobre a história dos Calendários pode ser confundida com a própria história e saga da humanidade na busca por métodos e formas de construir padrões de organização. A origem dos Calendários está associada à tentativa de dar explicações para fenômenos cósmicos, aliadas à necessidade de dividir o tempo para estabelecer épocas ideais de colheita e plantio, assim como, datar celebrações de festividades consideradas sagradas (RODRIGUES JUNIOR, 2012). Desde o surgimento da escrita existe a preocupação de se registrar informações, sejam os acontecimentos sociais ou fenômenos da natureza. O dia e o ano, por exemplo, foram definidos a partir de observações dos ciclos de movimentos do sol e são as bases do calendário solar, em particular, do Calendário Gregoriano, que serve de padrão internacional para o uso civil. Apesar disto, atualmente coexistem dezenas de calendários em uso pelo mundo. O gregoriano nasceu na Europa, quando promulgado em 24 de fevereiro do ano 1582, pelo Papa Gregório XIII, em substituição ao calendário juliano, que vigorou desde 46 a.C., implantado pelo líder romano Júlio César (TARSIA, 1995). O período usado nos calendários solares é o ano tropical que é o período de revolução da Terra em torno do Sol, em relação ao próprio Sol. Sua duração média no ano 2000 foi de 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 45,252 segundos. A duração de um ano é uma medida aproximada e descrita por uma fração de 365 dias, característica que originou problemas históricos na construção de calendários utilizados no passado. O papa Gregório estabeleceu o procedimento que seguimos atualmente, dada pela relação matemática: 365,2425 = 365 + ¼  1/100 + 1/400 (OLIVEIRA, 2009). Este trabalho pretende abordar práticas pedagógicas que podem ser desenvolvidas a partir do estudo do calendário Gregoriano. Proporemos uma sequência de atividades em torno de sua história e da matemática que envolve sua construção e características. Os principais conceitos de matemática utilizados no desenvolvimento deste trabalho são a divisão euclidiana e a congruência, além das operações elementares. A partir destes conceitos básicos podemos determinar em que “dia da semana” um determinado evento ocorreu no passado remoto ou ocorrerá num futuro longínquo. Usando modelos de calendários perpétuos vamos explorar a matemática de seu padrão e funcionamento. Além disso, exibiremos problemas e atividades lúdicas com a temática “Mágica” em que as resoluções serão apresentadas e discutidas com os visitantes da feira. Ademais, numa perspectiva interdisciplinar, podem ser propostas atividades que permitem uma integração com outras disciplinas do ensino básico, como História, Geografia e Física. Acreditamos que essas práticas são experimentos atrativos à reflexão plural com o potencial de produzir significados na aprendizagem. O público-alvo são estudantes do Ensino Básico a partir do 6º ano do Ensino Fundamental.