Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 7ª Semana da Matemática do Ifes

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USO DO APLICATIVO MALMATH NO ENSINO DE MATEMÁTICA

Luciana Rodrigues de Souza, Diomar Durães Rodrigues, Daniel Martins Nunes

Última alteração: 2018-05-17

Resumo


Os resultados insatisfatórios da aprendizagem na Matemática têm promovido a discussão e realização de pesquisas com o intuito de determinar metodologias diferenciadas para o ensino. A utilização de tecnologias nesse processo tem despertado curiosidade de professores e pesquisadores que buscam a sua utilização como elemento motivador. Para Moran (2007) as tecnologias possibilitam o desenvolvimento do discente durante o processo de ensino-aprendizagem, pois com o seu uso o aluno pode realizar descobertas e relacioná-las com os conhecimentos já adquiridos, fazendo com que o mesmo seja um sujeito ativo em tal processo. Nesse processo cabe ao professor estabelecer um diálogo durante o processo educativo, onde os dois sujeitos possuem papéis definidos, mas que podem aprender juntos durante este momento (FREIRE, 1996). Como ressaltam Borba e Penteado (2010) a aplicação de tais recursos vai além de apenas apertar teclas do teclado ou de toques na tela do smartphones e tablets, a sua inserção pode se tornar elemento motivador tanto para despertar interesse pela Matemática quanto para aproximá-la do cotidiano dos nossos alunos. Dessa forma, considerando estes apontamentos, o presente artigo tem por objetivo apresentar a percepção dos alunos, participantes de um minicurso, em relação ao uso do aplicativo MalMath como instrumento tecnológico no processo de aprendizagem. No início do minicurso apresentamos o aplicativo e, em seguida, as suas principais funcionalidades para o cálculo de limites, derivadas e integrais, assim como a construção dos gráficos de algumas funções. O MalMath além de apresentar estas soluções pode descrever ao usuário os passos utilizados na resolução de um exercício. Cabe ressaltar que o aplicativo possui outras funções, mas determinamos a aplicação das atividades apenas com os conteúdos do Cálculo Diferencial e Integral para que os participantes do minicurso pudessem observar a sua aplicação nos seus estudos em sala de aula que tinham dificuldade. Os alunos perceberam que este aplicativo os ajudará na realização dos referidos cálculos, possibilitando-lhes maior compreensão do conteúdo explicado pelo professor em sala de aula e dos erros cometidos durante a resolução dos problemas propostos. Além disso, os participantes ao observarem outras ferramentas que o aplicativo possui, concordaram sobre a sua aplicação em outros níveis de ensino, como no Ensino Fundamental e Médio. Outros enxergaram como um problema, pois se o aplicativo demonstra o passo-a-passo da resolução de um cálculo, determinará o hábito do aluno utilizá-lo antes de tentar realizar sua tarefa, podendo prejudicar a sua aprendizagem. Diante destas ideias, intervimos com a necessidade de relembrar que na Matemática devemos explorar mais as situações-problemas que conduzem o aluno a pensar numa estratégia de resolução, o que o aplicativo não o fará para o aluno visto que só resolverá os cálculos inseridos. Além disso, nesse processo de utilização do aplicativo devemos buscar apresentá-lo como uma ferramenta que lhe auxiliaria na descoberta dos seus erros, refletindo sobre o procedimento adotado erroneamente. Além disso, durante o processo de ensino-aprendizagem, somos formadores e mediadores dessas situações, por isso a necessidade de refletir sobre a boa conduta na utilização destas ferramentas.

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