Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 7ª Semana da Matemática do Ifes

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REFLEXÕES DE PROFESSORES A PARTIR DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Josiane Vieira Rangel, Vânia Maria Pereira dos Santos-Wagner

Última alteração: 2018-05-17

Resumo


Esse relato focaliza no que uma professora tem observado em aulas e avaliações quando alunos resolvem problemas envolvendo as quatro operações. No Grupo de Estudos em Educação Matemática do Espírito Santo [GEEM-ES] temos refletido e dialogado a respeito dos instrumentos avaliativos que usamos para diagnosticar como nossos alunos de 4º e 5º anos iniciam o ano letivo e como eles interpretam e resolvem problemas aritméticos. Fizemos questionamentos e reflexões sobre como de fato cada um de nós tem trabalhado com problemas em suas aulas. A partir de que ideias e pressupostos, nós (professores/as) passamos problemas em aulas, como motivamos e interagimos com nossos alunos para que leiam e compreendam os enunciados dos problemas? Ademais, como fazemos ou não questionamentos apropriados que auxiliem os alunos a pensar e a focalizar no que é solicitado em cada problema? Quando nossos alunos acertam ou erram problemas, que inferências nós fazemos acerca do processo de ensino-aprendizagem? E quando simplesmente os alunos perguntam “tia, que conta devemos fazer?”, que diálogos nós mantemos com eles e que procedimentos pedagógicos usamos? Afinal, que caminhos e nortes nós deveríamos seguir em nossos planejamentos e ações pedagógicas para auxiliar nossos alunos a interpretar e resolver problemas? Questionamentos similares a estes e outros têm norteado nossos estudos e diálogos no GEEM-ES nos encontros semanais desde fevereiro de 2018 (POLYA, 1973; SANTOS, 1997; SANTOS-WAGNER, 2008). Temos compartilhado nos encontros do grupo como é importante planejar problemas e simultaneamente listar questionamentos e ações que possam auxiliar nossos alunos a sanar suas dúvidas de interpretação e assim ajudá-los a resolver os problemas como Polya (1973) sugere aos professores desde 1945 quando publicou seu livro inicialmente. Temos pensado também que é importante levar para a sala de aula problemas que estejam ligados ao contexto e realidade do aluno, pois isso talvez os envolva e motive mais a pensar no texto do problema. Quem sabe, deixar o aluno como fome de aprender como dizia Rubem Alves (data). Pretendemos compartilhar neste trabalho ideias que temos experimentado em aulas e que apontam possíveis caminhos onde um trabalho de intervenção docente possa auxiliar alunos com dificuldade de interpretação quando precisam resolver problemas matemáticos. Vamos mostrar também como é importante trabalhar interpretação de textos de problemas matemáticos vinculados ao que é estudado em outras disciplinas. Porque acreditamos que ler e interpretar enunciados verbais é algo básico em todas as disciplinas dos anos iniciais do ensino fundamental.


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