Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 7ª Semana da Matemática do Ifes

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ENSINO DE MATRIZES COM AUXÍLIO DE MATERIAL TÁTIL PARA CEGO

Ranna de Jesus Ambrosio, Letícia Carvalho Maciel, Lucas Franco Belém de Freitas

Última alteração: 2018-05-17

Resumo


Diante do novo cenário na educação brasileira, a inclusão de alunos com diferentes deficiências tem sido um dos focos e objetivos nas escolas. A inclusão dos alunos com deficiência nos espaços escolares ainda não foi alcançada em sua totalidade, no que tange
os aspectos do acesso, permanência e êxito, mas muito se tem feito nos últimos anos para que a Educação Matemática seja eficiente e efetiva para os alunos independente das suas dificuldades. Tendo a consciência de formar profissionais habilitados para o público real das escolas brasileiras, que tenha a capacidade de enxergar a importância de produzir aulas democráticas, o Instituto Federal Fluminense conta com uma disciplina denominada Laboratório de Ensino e Aprendizagem de Matemática - LEAMAT. Esta disciplina tem quatro vertentes abarcando Matemática Inclusiva que possibilita ao aluno de Licenciatura em Matemática ter um primeiro contato com materiais e métodos de ensino com o intuito de inserir em suas futuras aulas, metodologias que, de fato, viabilizem a inclusão de alunos com cegueira e/ou baixa visão. Por meio dessa corrente de pesquisa, foi então produzida e aplicada uma sequência didática que possibilitasse a aprendizagem do conceito de Matrizes e também das operações de soma e subtração entre matrizes. A sequência foi produzida contando com auxílio de material tátil construído pelos próprios autores do trabalho. O material consistia em caixas de MDF, base de papelão, palitos, símbolos matemáticos em madeira e matrizes em Braile. Este material se caracteriza como inclusivo, pois é um recurso tátil, uma vez que se pode montar fisicamente uma matriz com as caixas de MDF e os elementos da matriz são representados por palitos de churrasco no caso de números positivos e palitos de picolé para números negativos. O objetivo era elaborar um suporte para que o aluno cego ou com baixa visão conseguisse manipular o material e assim identificar elementos, somar e subtrair matrizes. Ao fim do planejamento e construção da sequência didática os autores experimentaram um teste exploratório na turma do terceiro período de Licenciatura em Matemática com a finalidade corrigir alguns possíveis erros. Feitas as devidas correções, providenciamos a aplicação final. A execução da sequência se deu no próprio Instituto Federal Fluminense para uma aluna totalmente cega graduanda do curso de Licenciatura em Geografia do mesmo instituto, que possuía pouco conhecimento sobre Matrizes. Pelo fato do pouco conhecimento por parte da aluna, foi possível perceber a conquista do conhecimento ao passo que a aula era ministrada. A mesma alegou não ter entendido Matrizes de maneira completa quando estudou anteriormente e que após a aplicação conseguiu ter uma noção total sobre os conteúdos apresentados. Os resultados obtidos nesta aplicação foram bastante satisfatórios, pois a sequência cumpriu o que se propunha, de modo que a aluna compreendeu o conteúdo abordado e conseguiu resolver os exercícios propostos com facilidade.


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