Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 7ª Semana da Matemática do Ifes

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AUTOAVALIAÇÃO DE UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA: DIFICULDADES E SUPERAÇÕES EM UMA AULA

Carlos Oliveira Silva de Andrade, Francielle Quaresma

Última alteração: 2018-05-17

Resumo


 Este trabalho surgiu ao observar minha própria prática durante a regência de uma aula, para uma turma de 8º ano do Ensino Fundamental de uma escola municipal situada em Vitória – ES, atividade essa, pré-requisito para a aprovação na disciplina de Estágio Supervisionado II. Tal relato tem por finalidade discorrer acerca dos obstáculos que surgiram durante a atividade, das propostas de solução usadas, e das conclusões as quais cheguei ao final da regência. Durante o planejamento da regência, o tema foi escolhido de uma lista de possibilidades ofertadas pelo professor regente da turma, sendo ele Construção de polígonos com a utilização de régua, compasso e esquadro, o que aparentemente se mostrou como um tema de simples execução. A atividade iniciou-se com uma revisão de alguns conceitos que serviram como base para a construção dos polígonos-alvo. Porém tal introdução, em si, já se mostrou um obstáculo, visto que os alunos não lembravam da maioria dos conceitos que seriam ali trabalhos, com isso ao invés de utilizar somente os termos matemáticos formais, o que era dito por eles sofreu uma transformação da linguagem coloquial para a matemática. Depois de solucionar esse problema inicial, passou-se para as construções de lugares geométricos que seriam a base da construção dos polígonos. Nesse momento a maior dificuldade foi apresentada: os alunos desconheciam o uso do compasso, algo que gerou uma grande frustração pois, caso tal obstáculo não fosse solucionado, a atividade não renderia o resultado esperado. Para solucionar esse problema, foi ensinado aos alunos o passo-a-passo do uso do compasso, e depois de quase dez minutos, a atividade teve prosseguimento, com a construção de quatro triângulos (retângulo, isósceles, escaleno e equilátero), cinco quadriláteros (quadrado, retângulo, losango, trapézio e um quadrilátero qualquer), deixando de construir apenas três polígonos regulares: o pentágono, o hexágono e o octógono. Porém, visto que o total de polígonos que estavam no planejamento para construção era de doze, fiquei satisfeito com a quantidade construída. Por fim, o que concluí com essa experiência foi que, ao planejar uma aula, por mais que pensemos nos possíveis imprevistos, o surgimento de outros que não foram pensados, é algo que está dentro da realidade de um professor. A lição a ser aprendida é a importância de um planejamento amplo, mas que também contemple certas possibilidades, a fim de prever o máximo de imprevistos, e se possível, evita-los.