Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 7ª Semana da Matemática do Ifes

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ANÁLISE DO USO DA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA E DE RECURSOS DIGITAIS NO ENSINO DE GEOMETRIA

Carlos Oliveira Silva de Andrade, Thaciane Jähring Schunck, Caroline da Silva Soares

Última alteração: 2018-05-17

Resumo


Este é um relato comparativo de duas oficinas ministradas, em dois momentos diferentes, para duas turmas diferentes da rede municipal de Vitória. A finalidade deste é enfatizar os benefícios de se utilizar uma abordagem de ensino que envolva, além da História da Matemática, o uso de recursos digitais em ambientes de ensino. A atividade foi ministrada para duas turmas distintas: a primeira delas, na forma de oficina, durante a 6ª Semana da Matemática (SEMAT), para uma turma de 8ª série do Ensino Fundamental; a segunda, durante uma atividade do Programa de Incentivo a Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID, para uma turma de 9º ano do Ensino Fundamental. Essa foi planejada com o objetivo de facilitar a compreensão - tanto da construção, quanto da utilização - do teorema de Pitágoras, o que cremos ter sido alcançado em ambas situações. Vale ressaltar aqui que, em nenhuma das ocasiões havia conhecimento por parte dos alunos do tema que seria trabalhado. Nos dois casos, inicialmente foi realizado uma sequência de atividades em que peças de EVA eram usadas para tentar preencher dois quadrados (de lados b+c): o primeiro utilizando quatro triângulos retângulos congruentes (de lados a, b e c) e dois quadrados com áreas distintas (e ); o segundo utilizando quatro triângulos congruentes (de lados a, b e c) e um quadrado de área . Após realizarem os devidos encaixes – a algumas moderações -, conseguiram deduzir uma visualização geométrica do que é chamado de teorema de Pitágoras. Seguindo a atividade, foram usadas vinte e cinco tampas de garrafas PET, como unidade de medida, e quatro peças de EVA (um triângulo retângulo de lados 3, 4 e 5 tampas, e três quadrados de áreas 9, 16 e 25 tampas). Nessa parte da atividade os alunos encostariam os três quadrados nos respectivos lados correspondentes, e após isso preencheriam os quadrados com as tampas de garrafa. Concluíram que a área do quadrado que correspondia ao maior lado era igual à soma das áreas dos outros dois quadrados, e logo depois de uma formalização breve do teorema de Pitágoras, seguiu-se para uma explicação histórica do uso dessa relação por outros povos, mesmo os que precederam a era da escola pitagórica. Na primeira experiência foram utilizados como recurso didático, além do quadro branco, o projetor de imagens, conectado a um notebook, o que ocasionou uma facilidade na demonstração do conteúdo histórico para os alunos, visto que ficaram concentrados nas imagens projetadas e na explicação dada. Enquanto isso, na segunda experiência, não haviam tais recurso para uso, apenas o quadro, pincel e apagador, e todo o conteúdo foi explanado apenas verbalmente, com pausas para desenhar algumas figuras auxiliares, proporcionando momentos de dispersão da atenção deles. Portanto concluiu-se que os recursos digitais favoreceram a compreensão de conteúdos históricos e matemáticos por intermédio da maior quantidade de sentidos envolvidos no ato de aprendizagem.