Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 7ª Semana da Matemática do Ifes

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COMO GANHAR DINHEIRO COM PROBABILIDADE

Matheus Littig Radinz, Gabriela Provedel Dalla Bernardina, Matheus Murelli Rocha, Perseu Fernandes Machado de Oliveira, Thyago Vieira Piske, Douglas Araujo Victor, Michel Guerra de Souza

Última alteração: 2018-05-17

Resumo


O estudo da probabilidade surgiu muito provavelmente em uma mesa de apostas, entre jogos de azar, buscando-se estudar suas regularidades para assim inferir previsões sobre esses jogos e obter-se vantagem. A ganância humana mais uma vez motivou seu desenvolvimento. Há na probabilidade três principais leis com as quais podemos discutir e resolver problemas aparentemente complexos e problemas aparentemente fáceis. Problemas com respostas aparentemente óbvias e intuitivas revelam-se, após análise cuidadosa, não tão simples quanto parecem (cuja solução -  ou desmistificação -  desperta curiosidade e interesse no ouvinte ou leitor). Por exemplo, o interessantíssimo problema de Monty Hall que consiste num jogo em que um apresentador apresentava três portas aos concorrentes. Atrás de uma delas estava um prêmio e as outras duas dois bodes. No primeiro passo,  o concorrente escolhe uma das três portas, sem que esta seja aberta. Logo após, Monty - o apresentador do programa - abre uma das outras duas portas que o concorrente não escolheu, mostrando que o carro não está atrás dessa porta e revelando um dos bodes. Então Monty pergunta ao concorrente se quer permanecer com a porta que escolheu  ou se ele quer trocar de porta. Assim, o concorrente precisa tomar esta decisão, tendo apenas duas portas para escolher e sabendo que o carro está atrás de uma das portas restantes. Qual o caminho que leva à uma probabilidade mais alta de ganhar o prêmio?  Por quê? Outro problema bastante interessante é este: Imagine um relógio em que há um risquinho no número 12. Escolhendo dois pontos quaisquer do relógio, sendo cada ponto a representação de um minuto (números de 1 a 60), haverão dois arcos de um círculo. Qual a probabilidade do risquinho no número 12 estar no arco maior? Agora imagine que você faz uma aposta com alguém. Seria sábio apostar que o risquinho do número estará no arco menor? Esse jogo é justo? Se é injusto, há sentido em participar dele? Estes problemas, e as perguntas que os envolvem, visam destacar o fato de que a intuição muitas vezes é insuficiente e não pode ser aplicada como método rigoroso na solução de problemas por vezes, aparentemente, de simples resolução. A apresentação será composta por simulações de problemas que contrariam a intuição, envolvendo cálculos de probabilidades, tais como os citados neste resumo. Trataremos também da fundamentação teórica para a correta interpretação e análise dos resultados obtidos.