Em matemática, os alunos necessitam de uma apropriação das diferentes formas de registros e das diferentes representações possíveis para que possam aprender em sua totalidade, não ficando restrito a uma parte delimitada do conteúdo. Diante desse contexto que ocasiona notas baixas, índices reduzidos e limitação da aprendizagem ou até mesmo reprovação percebe-se a necessidade de verificação de onde está o problema nesse processo de aprendizagem e, devido a isso, este estudo será norteado pela seguinte questão: Como a transição entre os registros algébricos e gráficos são trabalhados no primeiro ano do Ensino Médio no Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Cachoeiro, na disciplina de matemática envolvendo o conteúdo de funções? Com esse estudo pretende-se investigar os instrumentos utilizados para analisar a transição dos alunos entre os diversos tipos de registros de representação semiótica e verificar como o assunto é abordado no ensino do conteúdo em questão: funções.

A apropriação dita verifica-se através da liberdade que o aluno tem ou não, em transitar entre as diferentes formas de registro das representações possíveis, sejam elas representações gráficas, algébricas ou em uma linguagem matemática específica.

O estudo que será desenvolvido tem o objetivo de analisar se os alunos da 1ª série do ensino médio do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) – Campi Cachoeiro, na disciplina de matemática, possuem o domínio e a prática de transição/conversão entre as diversas formas registros da representação semiótica.

A pesquisa será de forma qualitativa. Na qual serão analisadas as formas como os alunos estudam os conceitos de funções. Para que essa análise inicial seja feita, serão aplicadas tarefas e os alunos irão realizá-las sem intervenção de professor. Após esse estudo empírico, será trabalhado o conteúdo, explorando os vários registros para a temática e aplicando uma nova listagem de tarefas a fim de investigar como eles se comportam diante dessas novas abordagens. Essa nova listagem será de tarefas investigativas, permitindo ao aluno resolver uma questão em suas diversas formas, não o limitando a um único padrão.

Os resultados deste estudo poderão contribuir para uma maior compreensão de como o conteúdo de funções pode ser trabalhado com os alunos em suas várias áreas e formas, possibilitando reflexões na prática pedagógica e no processo de ensino-aprendizagem.