Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 7ª Semana da Matemática do Ifes

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MATEMÁTICA E ARTE: LADRILHANDO O MURO DA ESCOLA

Organdi Mongin Rovetta, Sandra Aparecida Fraga da Silva, Tobias Longue, Verônica Silva, Jaíne Lorencini, Mayara Oliosi, Laysa Cavalini, Verônica Intrim, João Pedro Xavier, Jordan Delfino, Wallacy Reis Pontini, Mariana Marcarini Zava, Jéssica Coelho Bolsoni, Pâmela Veronez Araújo

Última alteração: 2018-05-17

Resumo


O trabalho em questão versa sobre uma atividade de pavimentação do plano, desenvolvida com alunos do segundo ano do ensino médio de uma escola da rede estadual do Espírito Santo, durante o estudo de área de figuras planas. O principal objetivo da atividade foi aplicar um dos tipos de ladrilhamento estudados para pintar o muro da quadra da escola. É importante ressaltar que, no que diz respeito ao processo de ensino e aprendizagem de geometria, nos orientamos nos estudos do casal Van Hiele (1999), que explica a construção do pensamento geométrico partindo da visualização. Além do mais, também nos fundamentamos em discussões de Vale e Barbosa (2014) sobre a utilização de materiais manipuláveis para a aprendizagem matemática. Previamente ao estudo de área de figuras planas, retomamos algumas questões relacionadas ao estudo de polígonos utilizando, para isso, materiais manipulativos. As discussões sobre ladrilhamento tiveram início com uma atividade que questionava porque não era possível ladrilhar o plano utilizando apenas polígonos regulares pentagonais, enquanto isso seria possível com quadrados, triângulos eqüiláteros e hexágonos regulares. Na sequência, analisamos a possibilidade de estabelecer uma parceria com a disciplina de Arte e aplicar essa técnica de ladrilhamento para pintar o muro da quadra da escola. Divididos em grupos, cada qual ficou com uma parte do muro e um polígono regular (quadrado, triângulo ou hexágono). Primeiramente, cada grupo construiu seu molde a ser usado para colocar sobre o muro e riscar os polígonos. Contudo,  antes da pintura ser realizada diretamente no muro, cada grupo fez um esboço numa folha de A4, para que os alunos pudessem visualizar  seu trabalho e fazer correções, caso houvesse necessidade.  Nesta etapa, não trabalhamos com a proporcionalidade entre as medidas reais da parede e do esboço feito na folha de A4, porém reconhecemos que seria uma questão importante a ser explorada e pretendemos abordá-la num próximo trabalho similar a este. Obviamente, a pintura do muro foi a etapa que demandou mais envolvimento, em virtude das dificuldades. Somente na hora da execução foi que algumas questões surgiram, dentre elas o fato de as paredes terem partes tortas ou levemente mais altas. Ao mesmo tempo, as habilidades geométricas que os alunos utilizaram para pensar em como solucionar esses problemas foi um ponto positivo. O trabalho foi significativo, pois além das aprendizagens conceituais dos conteúdos envolvidos, outras questões foram levantadas, dentre elas a superação das dificuldades que surgiram e a cooperação entre eles. O conteúdo previsto na grade curricular do segundo ano do ensino médio era de área de figuras planas, porém compreendemos que alguns conceitos prévios não eram de conhecimento dos alunos, visto que não foram construídos em anos anteriores, além do mais ainda percebemos práticas em ensino de geometria reduzidas ao estudo de nomenclaturas e fórmulas com pouca ou nenhuma utilização de materiais manipulativos e atividades práticas. Reiteramos, assim, a importância de práticas que conduzam os alunos a pensar visualmente e a desenvolver essa capacidade por meio de experiências que contribuam para desenvolver tal forma de pensamento. Dessa forma, apresentaremos, na exposição, uma reprodução das pinturas feitas pelos alunos utilizando a técnica de ladrilhamento bem-comportado.