Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 7ª Semana da Matemática do Ifes

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FORMAÇÃO CONTINUADA NA PERSPECTIVA DA COLETIVIDADE: APRENDIZAGENS DOCENTES SOBRE MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO

Yolanda Pinto dos Santos Cerqueira, Sandra Aparecida Fraga da Silva, Dilza Coco

Última alteração: 2018-05-17

Resumo


Este trabalho traz um recorte de pesquisa de mestrado profissional intitulada “Estudo de multiplicação e divisão em formação continuada de professores dos anos iniciais” inserido no Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e Matemática (XXXXXXX). Na linha de formação de professores, essa pesquisa de mestrado objetiva analisar indícios de aprendizagens docentes sobre conceitos de multiplicação e divisão, manifestados por professores de anos iniciais durante um curso de formação continuada. Essa proposta foi desenvolvida com professores que ensinam matemática nos anos iniciais e que atuavam em escolas públicas em 2017 e realizada no formato de curso de extensão, ofertado pelo Instituto Federal XXXXXXX no contexto do laboratório de matemática. Teve como tema de estudos questões conceituais sobre as operações de  “multiplicação e divisão nos anos iniciais”. O presente trabalho tem como objetivo analisar relações dos estudos e discussões coletivas estabelecidas nos encontros de formação com atividades de ensino e conceitos sobre as operações de multiplicação e divisão desenvolvidas pelas professoras participantes. Embasados na perspectiva Histórico-Cultural (Vigotski, 2010), assumimos a abordagem metodológica do materialismo histórico-dialético como caminho para planejamento, desenvolvimento e análise da nossa pesquisa. Nesta metodologia, precisamos tecer uma rede de relatos, experiências, práticas e desafios encontrados pelos professores para encontrarmos nosso caminho como formadores, norteando os encaminhamentos com a viabilidade de promover novas práticas no ensino destas operações. Durante o curso, desenvolvemos algumas propostas que desencadeavam discussões acerca das operações em questão. Individualmente, as participantes demonstravam timidez e dúvida em qual ação tomar, porém, nos momentos coletivos, trocavam experiências e conhecimentos, promovendo sistematização nessa interação com aproximações dos conceitos de multiplicação e divisão. Com isso, o saber passava a ser coletivo, e essa ação coletiva desencadeou motivação e novas aprendizagens no grupo conforme apontado por Moura (2005) para este tipo de pesquisa. Quando estamos em um grupo formado por sujeitos que desenvolvem o mesmo trabalho (no caso a atividade de ensino), eles se reconhecem como pertencentes a um mesmo objetivo e a troca de experiências e as tentativas de melhorar sua atividade na sua profissão promove um ambiente de compartilhamento, e culmina em uma aprendizagem construída por meio da coletividade. A ação coletiva contribuiu desse modo para ampliar o diálogo e as interações entre equipe e participantes, produzindo um conjunto de dados que contribuem para apreender o movimento formativo e os indícios de nova qualidade dos conhecimentos docentes.

Referências:

MOURA, Manoel Oriosvaldo de. Espaços de aprendizagem e formação compartilhada. Revista de Educação – PUC. Campinas, n. 18, p. 91-97, jun. 2005.

VIGOTSKI, Lev Semenovitch. Psicologia pedagógica; tradução do russo e introdução de Paulo Bezerra. – 3ª ed. – São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, (Coleção textos de psicologia) 2010, p. 445-464.


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