Estamos conduzindo um mapeamento de dissertações e teses da Região Sudeste de 2000 a 2015 sobre análise combinatória. Temos o propósito de (1) construir um panorama do estado do conhecimento (ROMBERG, 1992; ROMANOWSKI; ENS, 2006) das pesquisas já desenvolvidas acerca desse tema, e (2) refletirmos sobre o seu papel a partir das pesquisas. Coletamos 43 produções de 25 instituições públicas e 20 privadas. Desse total, encontramos apenas 03 teses de doutorado, foco da análise deste estudo. Pinheiro (2015) [PUC/SP] investigou as organizações matemáticas e didáticas da análise combinatória ao analisar livros didáticos utilizados em escolas brasileiras de 1895 a 2009. Realizou um estudo histórico-documental fundamentado na análise do conteúdo. Acredita que seu estudo avança em questões epistemológicas e didáticas acerca dos saberes a serem ensinados da análise combinatória. Santos (2015) [USF] buscou compreender o que se revela em um trabalho pedagógico com alunos do 6^o ano do ensino fundamental, feito a partir da perspectiva da problematização, que busca desenvolver o pensamento probabilístico e o raciocínio combinatório por meio da articulação entre eles. Para tanto, fez uma pesquisa com 28 alunos de uma escola estadual que realizaram uma sequência de 18 tarefas com foco na linguagem e no raciocínio combinatório e probabilístico. A pesquisa foi de cunho qualitativo inserida no campo da prática pedagógica. Destaca que sua pesquisa é relevante para o processo de ensino e de aprendizagem da combinatória e da probabilidade na Educação Básica desde os anos finais do ensino fundamental. Teixeira (2012) [UNIBAN/ANHANGUERA] averiguou os conhecimentos necessários ao professor de matemática, para desenvolver em suas aulas noções relativas a problemas de contagem na Educação Básica. A pesquisa qualitativa contou com 23 professores do ensino fundamental e médio da rede pública em um curso de formação continuada. Com eles, testou uma sequência didática em sete encontros. Menciona que o estudo dos problemas de contagem deveria ter atenção na formação inicial, pois preparam futuros professores. Dessa forma, Santos e Teixeira trazem reflexões de natureza empírica. Nossa reflexão, sobre o papel social deste tema a partir das pesquisas, aponta que há carência de estudos sobre análise combinatória com aprofundamento necessário a pesquisas de doutorado, estando restrito há 03 produções. Isto significa que um tema tão importante abordado regularmente no ensino médio não está sendo estudado com profundidade pela comunidade acadêmica. Corroboramos com Teixeira quando menciona que o tema não é tratado no ensino superior, nos cursos de formação de professores e que precisam de mais pesquisas nessa área. Por outro lado, essas teses nos mostram resultados pontuais e exitosos, indicando que há necessidade de repetir esses procedimentos por outras instituições e por outros professores no processo de ensino-aprendizagem-avaliação em matemática.