Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 5ª Semana da Matemática do Ifes

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ESTUDO DE CASO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES DE GEOMÉTRIA COM UM ALUNO QUE POSSUI PARALISIA CEREBRAL

Talita Moraes Modolo, Sandra Aparecida Fraga da Silva

Prédio: Corredor B
Sala: Miniauditório 1
Data: 2016-05-19 08:00  – 09:00
Última alteração: 2016-05-10

Resumo


Este relato de experiência trata sobre o ensino das figuras geométricas planas círculos, retângulos e triângulos. O presente estudo, de caráter qualitativo, é um estudo de caso, realizado com um aluno que possui paralisia cerebral, e foi realizado durante os anos de 2014 e 2015, quando o mesmo cursava, respectivamente, o 4º e o 5º ano do ensino fundamental, em uma escola municipal da região serrana, localizada no distrito de Araguaia, Marechal Floriano - ES. A motivação para a realização desta investigação se deu por alguns questionamentos pessoais a respeito da inclusão dos alunos, sendo eles com deficiência ou não, no processo de aprendizagem. A busca pela experiência que deu origem a pesquisa ocorreu pelo desejo de aprender mais a respeito da temática da educação inclusiva de alunos que possuem deficiência, podendo, assim, tentar promover práticas inclusivas a esses alunos que possuem algum tipo de dificuldade limitadora para o processo de ensino e aprendizagem, no nosso caso em matemática. Nessa perspectiva, o objetivo da pesquisa foi verificar se o aluno com paralisia cerebral reconhece características das formas geométricas trabalhadas em atividades desenvolvidas para iniciar o estudo de figuras planas envolvendo círculos, retângulos e triângulos. Para alcançar esse objetivo, passamos por três processos fundamentais, o período de observação do aluno na escola, o período do planejamento da sequência de atividades e o período de aplicação das atividades. Durante o período de observação, pudemos conhecer como os profissionais trabalhavam com o aluno, as práticas pedagógicas que adotavam, diferentes maneiras de se comunicar com o mesmo, para então elaborarmos o planejamento das atividades que iríamos desenvolver. Utilizamos um episódio do desenho Peg+Gato, como recurso motivador para o aluno participar das atividades propostas. Pensamos em atividades de reconhecimento das características das formas geométricas e de identificação das formas em um conjunto com diversas formas. Todos os materiais foram desenvolvidos baseados nas limitações do aluno que estava sendo pesquisado, pensamos em materiais que o aluno pudesse ter mais autonomia para realizar as atividades propostas, porém não impede que esses materiais também sejam utilizados por outros alunos. E, por fim, vieram o desenvolvimento das atividades com o aluno. Ao longo do que estava sendo proposto, percebemos que o mesmo alcançava os objetivos esperados, uma vez que ele se expressava por meio de pequenas falas e gestos resolvendo as atividades que apresentávamos. Com isso, concluímos que precisamos identificar a linguagem utilizada pelo aluno, ter atenção nas suas formas de interação, e, assim, buscarmos novos meios de nos comunicar/ interagir com o mesmo, uma vez que a linguagem é a forma com a qual estabelecemos comunicação com o ele.