Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 5ª Semana da Matemática do Ifes

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CONTOS DE FADAS E MATEMÁTICA: APROXIMAÇÕES NO ENSINO DE GRANDEZAS E MEDIDAS DA CRIANÇA PEQUENA

Gislane Luiza Noronha Freitas, Marinalva Conceição de Souza

Prédio: Corredor F
Sala: Sala F6
Data: 2016-05-19 08:00  – 09:00
Última alteração: 2016-05-10

Resumo


Este relato apresenta uma experiência de desenvolvimento do senso de medida em uma turma de cinco anos da Educação Infantil de uma escola da Rede Pública Municipal de Vila Velha. Tudo começou a partir das discussões efetivadas no curso de formação: “Contação de histórias e matemática: relações possíveis no ensino de grandezas e medidas” ocorrido de setembro a novembro de 2015 no Instituto Federal do Espírito Santo, inserido no programa de extensão "Formação continuada de professores que ensinam matemática". O objetivo da sequência de atividades desenvolvidas consistiu em favorecer as crianças experiências e descobertas acerca de conteúdos do eixo de grandezas e medidas. Acreditamos que as experiências dos primeiros anos de vida, exercem influência em toda a vida escolar. Partimos da obra literária “Quem ouvir e contar, pedra há de se tornar” escrita por Nelson Albissú e ilustrada por Rogério Soud e Rodival Matias da Editora Paulinas. Um lindo livro, que no seu corpo traz consigo uma contagiante história de bondade e amizade, não permitindo que nenhum feitiço, nenhuma maldade atrapalhe o verdadeiro laço de amor. No enredo típico de conto de fadas, com rei, príncipe, princesa, bruxas, muitas peripécias e um final feliz, encontramos oportunidade de explorar conteúdos matemáticos sem perder o encantamento da obra literária. As atividades desenvolvidas tiveram duração de quatro semanas. Envolvendo: a) o cuidado com a apresentação do texto literário, trazendo elementos da história (bruxa, caldeirão, castelo) e a risada típica da bruxa, tendo a história devidamente apresentada, contada e recontada algumas vezes; b) explorações didáticas dentro do eixo escolhido, grandezas e medidas, a partir de situações problemas. Dentre as atividades desenvolvidas destacamos a confecção do chapéu da bruxa, no qual exploramos noção de diâmetro e a produção de queijo petit suísse (feitiço da bruxa), em que exploramos noção de massa, volume, capacidade e tempo. As crianças foram encorajadas a fazerem conjecturas e a apresentarem soluções para situações problemas, produzidas nas atividades realizadas, respeitando a especificidade da fase de escolarização em que se encontravam. As atividades atenderam ao que está apregoado nas Diretrizes Curriculares da Educação Infantil, que estabelece que deve ser garantido à criança pequena o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais e expressivas. O documento, também sinaliza, que devem ser recriados, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas, formas e orientações espaço temporais, respeitando os ritmos e os desejos da criança.  Ao final, da sequência pudemos observar que as aprendizagens produzidas foram favorecidas pelo vínculo estabelecido pela história e a matemática.