Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 5ª Semana da Matemática do Ifes

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MATEMÁTICA PARA NÃO SER IDIOTA

Nádia Maria Jorge Medeiros Silva, Renata Greco Oliveira

Prédio: Corredor B
Sala: Miniauditório 2
Data: 2016-05-21 08:30  – 09:45
Última alteração: 2016-05-11

Resumo


O relato de experiência intitulado Matemática para não ser Idiota é inspirado na obra Política: para não ser idiota, de Mario Sergio Cortella e Renato Janine Ribeiro. Esse livro é composto por vários diálogos e trazem logo no primeiro deles, o conceito de idiota. A expressão idiótes, de origem grega, significa “aquele que só vive a vida privada, que recusa a política, que diz não à política”. Para esses dois autores, esse conceito pode ser aplicado para falar dos que vivem fechados em si mesmos e só se interessam pela própria vida. Nesse entendimento, é preciso compreender que mesmo vivendo um período de maior liberdade de toda a história, tanto coletiva quanto pessoal, há um desinteresse pela política. Mesmo com os benefícios trazidos pela democracia, há muita gente incomodada com a visibilidade da corrupção, com um determinado modo de fazer política e um consequente cansaço. Esse provável cansaço, que pode ser sentido em relação à política do governo, dos partidos e também a uma grande política, traz a dúvida se ele pode, em algum momento ser superado. Uma alternativa levantada pelos dois, no intuito de construir consenso sobre os rumos da política na sociedade contemporânea e de superação, é trazer a política para a sala de aula, para dentro da escola. O primeiro passo seria o esclarecimento que na política e na democracia existe a necessidade de posições diferentes e divergentes e esse esclarecimento, poderia se dar através da promoção da discussão sobre o tema. Propomos como possibilidade de contribuição, uma discussão fundamentada na educação matemática, para um entendimento preliminar sobre política, para que alunos dos anos finais do Ensino Fundamental, não sejam idiotas. Matemática para não ser idiota consiste, nesse trabalho, utilizar conhecimentos desse campo para ler, analisar e entender parte da constituição do Congresso Nacional, a partir de informações disponíveis sobre essa composição. Relacionar saberes matemáticos com a busca de um diálogo estreito com a compreensão do sistema político, poderia contribuir, no que Gelsa Knijnik chama a atenção para a conexão do intelectual, aqui do educador, com o mundo social mais amplo, dentro de um entendimento de que a educação ocupa um lugar privilegiado nos processos desencadeados pela sociedade. Demonstrar comprometimento na aula de matemática com a problemática da formação, por meio do voto, do Congresso Nacional também pode ser entendida como uma tentativa de detectar os rumos da história que está sendo construída nesse País.