Este resumo se refere às atividades matemáticas que estão sendo realizadas com alunos do 3º ano do ensino fundamental de uma escola da rede municipal de Vitória, parceria do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – Pibid subprojeto matemática do Instituto Federal entre os meses de março e abril de 2016. A experiência iniciou a partir de uma das atividades desenvolvidas pelo software educacional Gcompris que possibilita abordar o sistema monetário. No software, produtos diferentes vão aparecendo na tela com preços já estabelecidos juntamente com cédulas e moedas exigindo o raciocínio do campo aditivo. O aluno precisa escolher dentre quais cédulas e moedas deve utilizar para efetuar a compra. Quando acerta, o software sinaliza com um smile. Durante três aulas, os alunos se familiarizaram com a proposta de trabalho com o auxílio da professora regente, da bolsista e da professora do laboratório de informática. Identificamos alguns alunos que necessitavam de um tempo maior para entender a lógica do raciocínio aditivo envolvendo o dinheiro. Por isso, realizamos atividades na sala de aula com encartes de supermercados provocando novas reflexões com o objetivo de auxiliá-los a terem uma melhor compreensão. Foram apresentadas algumas cédulas e moedas do real, como identificar o dinheiro falso do verdadeiro e moedas de outros países. Além disso, discutimos com os alunos a ausência de circulação da moeda de um centavo relacionando com preços de produtos que não possibilitam recebermos o troco. Os alunos manusearam o “dinheiro chinês” em sala de aula realizando atividade semelhante do software Gcompris que consistia em escolher livremente alguns produtos e representar por meio de desenhos as cédulas e moedas para a compra do mesmo. Foi positiva esta intervenção, porque possibilitou a turma estabelecer relações com a atividade realizada no laboratório de informática. Salientamos que ao retornar ao laboratório de informática e propor a atividade novamente, os alunos apresentaram melhor êxito e satisfação com o próprio aprendizado. As atividades envolvendo o sistema monetário extrapolaram o limite do campo do conhecimento matemático porque discutimos os direitos e deveres do consumidor, questões sobre cidadania, tributos que incidem sobre a mercadoria. Acrescentamos também a história do livro infanto-juvenil “como se fosse dinheiro” de Ruth Rocha que teve como enredo a ausência do troco sendo substituído por outros produtos. Aproveitamos para apresentar aos alunos um período da história da humanidade em que as negociações comerciais eram baseadas na troca de mercadorias. Entendemos que estas atividades não se esgotam com possibilidades pedagógicas em diferentes áreas do conhecimento e que podem provocar motivação e aprendizado uma vez que envolvem situações familiares, lúdicas e coletivas.