Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 5ª Semana da Matemática do Ifes

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(DES)CONTÍNUOS ENTRE MÉTODOS HEGEMÔNICOS E NÃO-HEGEMÔNICOS DE CÁLCULO DE ÁREA

Weverton Augusto da Vitória, Rodolfo Chaves

Prédio: Corredor B
Sala: Miniauditório 2
Data: 2016-05-19 08:00  – 09:00
Última alteração: 2016-05-10

Resumo


Este trabalho tem por finalidade discutir, analisar e apresentar possíveis vieses entre métodos hegemônicos e não-hegemônicos, de cálculo de área, com um foco socioambiental. Tomamos como a premissa (P1) as concepções de Patrick Geddes onde um aluno desenvolve atitudes criativas em relação ao ambiente e ao professor cabe o papel de mediador de uma educação socioambiental opondo-se aquela em que o aluno ignora as consequências de seus atos. Para atingir a premissa (P1), os professores de 3 disciplinas do curso de Licenciatura de Matemática de um Instituto Federal discutiam a obra Moretti & Grando (1995). O texto compara os cálculos de modelos clássicos de áreas de polígonos com os métodos de esquadrejamento e cubação utilizados por agricultores, assim como em Knijnik (1996). Entretanto, surgiu uma situação que os professores não conseguiram caminhar com esse estudo e solicitaram a ajuda de um grupo de estudos e pesquisas de matemática para intervir nessa problemática. A partir dessa situação, foi elaborado e testado um Material Didático Pedagógico (MDP) com os atores dessa pesquisa (licenciandos e pibidianos) no Laboratório de Ensino, a 4ª Semana de Matemática (SEMAT) e a IV Escola de Inverno de Educação Matemática (EIEMAT). Adotando a configuração de Chaves (2005, p.128) partimos para o planejamento de ações diferenciais e alguns testes foram feitos inicialmente utilizando 5 modelos proporcionais aos apresentados na obra Moretti & Grando (1995, p.76) com os seguintes materiais: papel cartão, tesoura, esquadros, compasso, transferidor e lápis. O propósito do uso de material manipulativo – um piloto de um futuro MDP – foi permitir que os alunos testassem as técnicas de esquadrejamento e que a partir daí, discutissem modelos e metodologias de cubação praticados pelos agricultores, bem como propusessem, a partir de seus conhecimentos acadêmicos, técnicas de cálculo de áreas para as figuras propostas. Como resultados dessa dinâmica percebemos que os atores foram protagonistas do conhecimento pois, investigaram situações que não havíamos previstos. Por exemplo, na terceira figura os participantes usaram a Álgebra Linear e calculadora científica e mesmo assim ficou impossível terminar essa questão. A proposta mostrou que não é possível desenvolvê-la em uma escola de caráter conteudista pois requer um tempo excessivo de aulas. No momento dos testes encontramos equívocos matemáticos na obra Moretti & Grando (1995) referentes a construção do gráfico das áreas esquadrejadas que serão detalhadas na comunicação oral.