Assim como nas demais etapas da Educação Básica, o Ensino Médio recebe jovens com características diferenciadas. Nesse sentido as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio apontam a necessidade de promover, em sala de aula, práticas inovadoras que direcionem para uma educação emancipadora, que contemple as dimensões da formação humana e integral. Para tanto, é necessário refletir as ações didáticas, promovendo o diálogo entre os sujeitos da prática pedagógica traçando assim o perfil de uma escola aprendente. Neste contexto, se faz necessário um olhar diferenciado para o ensino de matemática, que seja capaz de proporcionar condições aos jovens de serem protagonistas na construção do conhecimento. Com olhar para o ensino de Progressões Aritméticas e em busca de refletir sobre uma possível prática pedagógica que atenda as considerações apresentadas, questiona-se: De que maneira a pesquisa como princípio educativo pode contribuir para o ensino de Progressões Aritméticas, Juros Simples e suas relações? Assim, essa pesquisa busca analisar que contribuições foram produzidas de uma prática pedagógica direcionada ao ensino de Progressões Aritméticas e suas relações com Juros Simples. Foi aplicada com alunos do segundo ano do ensino médio de uma escola estadual, localizada no município de Santa Maria de Jetibá – ES. O embasamento teórico referente ao tratamento do jovem como sujeito apoiou-se em Dayrell, Carrano e Maia (2014). Em relação ao ensino de matemática, tem D’Ambrósio (1986, 2009) e Freire (1997). A pesquisa se enquadra nos moldes de uma pesquisa qualitativa, na qual a coleta de dados se deu por meio da aplicação de atividades em sala de aula, e nas observações produzidas pela professora. O percurso metodológico traz dois momentos: No primeiro, o ensino de Progressões Aritméticas e suas relações com Juros Simples com base nos pressupostos do método tradicional, onde o professor explicou o conteúdo em aula expositiva, sem participação e envolvimento dos alunos durante as ações de ensino. Após, os alunos foram convidados a resolverem atividades referentes ao assunto abordado. No segundo, voltando-se para a concepção de ensino apontada por Freire (1997), foram propostos momentos em sala de aula nos quais os alunos trabalharam em pequenos grupos, cujo objetivo era realizar pesquisas sobre o conteúdo e elaborar uma apresentação dos resultados encontrados. Nesta etapa, se evidenciou a ação do professor como mediador das discussões. Com intuito de compreender que contribuições esse novo olhar pedagógico pode proporcionar no ensino, foram aplicadas outras atividades. Após análise dos dados, pode-se concluir que, diferente da abordagem tradicionalista, o segundo momento trouxe contribuições para o aprendizado do conteúdo, possibilitando os alunos a construírem e estabelecerem relações entre os assuntos abordados, entendendo que a matemática é uma forma de interpretar a realidade, favorecendo a criatividade e a autonomia na formação do indivíduo.