Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 5ª Semana da Matemática do Ifes

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A MATEMÁTICA NA PISTA DE SKATE VERTICAL

Juliana Gomes, Lauro Chagas e Sá

Prédio: Pátio Central
Sala: Pátio Central
Data: 2016-05-21 08:00  – 10:00
Última alteração: 2016-05-10

Resumo


No contexto do skate vertical profissional, o principal objetivo de um skatista é executar uma manobra com precisão. Percebemos também que o praticante dessa modalidade necessita descer a rampa da forma mais rápida para que sobre mais tempo para a execução da manobra. Por esse motivo, torna-se importante a escolha adequada do grau de dureza e diâmetro das rodas nessa e nas demais modalidades, assim como a construção adequada da rampa por parte da equipe responsável. Considerando esses aspectos, esse trabalho tem como objetivo explicar a matemática existente no skate e na pista adequada para a prática do esporte vertical. Para se entender como o esporte chegou ao nível da atualidade, é necessário voltar ao estado da Califórnia (EUA), na década 60, quando o skate era conhecido por surf de calçada. Simples e improvisado, o skate surgiu com o objetivo de fazer do surf um divertimento também nas ruas. Ao longo dos anos, essa simplicidade foi mudando e, na década de 70, o norte-americano Frank Naswortly contribuiu para a evolução do esporte com a descoberta da roda de uretano que tornou o skate mais veloz. Em sequência ocorreu o surgimento da manobra Ollie inventado por Alan Gelfand, e com base nela o surgimento de varias outras. Nesse período, o skate era da cultura faça você mesmo e muitos skatistas faziam suas rampas e improvisavam os obstáculos. Com isso o skate passou a ser dividido em modalidades, que atualmente são três: Street, downhill-speed e vertical. Nesse trabalho analisamos a modalidade vertical. Em relação a metodologia, realizamos uma análise da rampa do skate park de Linhares, com ajuda do GeoGebra. Concluímos que, para potencializar a prática do esporte, as rampas devem se aproximar o máximo possível de uma braquistócrona, que é obtida quando o skate percorre uma linha em forma de cicloide. Na prática, a propriedade físico-matemática dessa curva, demonstrada pelo cálculo variacional, permite que os skatistas obtenham maior velocidade em uma descida, fornecendo mais tempo para a execução de uma manobra. Ao final desse estudo, comprovamos que a curva formada na rampa do skate park de Linhares não é uma braquistócrona, mas uma curva próxima a essa. Assim, percebemos que a matemática é parte fundamental do esporte, já que ela está presente desde a construção das pistas até as partes que compõem o skate e, com isso, a execução de determinadas manobras.