O processo de ensino e aprendizagem tem se transformado em uma tarefa desafiadora e nos leva a refletir sobre nossas práticas em sala de aula. Nosso objetivo é analisar como a Modelagem Fuzzy pode contribuir para a aprendizagem de Funções. Esse trabalho busca caminhos que viabilize a participação ativa do aluno, que o leve à construção significativa de conhecimento e ao comprometimento com transformações sociais. Ele está fundamentado na Educação Matemática Crítica, segundo as preocupações apontadas por Ole Skovsmose, cujo objetivo não está focado apenas na aprendizagem matemática, mas segue em busca de caminhos que possibilitem a formação de cidadãos, pessoas que possam transformar a si mesmo e ao seu redor. Nesse sentido, será proposta uma sequência didática, organizadas de acordo com Antoni Zabala, com atividades baseadas em situações do mundo real, em um ambiente investigativo, em convergência com a metodologia da Modelagem Matemática segundo a concepção de Rodney Carlos Bassanezi. Os alunos serão convidados a abordar o problema “Avaliação do Conforto Ambiental de Espaços Educacionais”, pois trata-se de um assunto comum aos alunos da 2º (segunda) série do Ensino Médio, familiarizados com conceitos referentes às variáveis como temperatura, umidade e ruído, e ainda é relevante a vida escolar deles. Ao utilizar a Modelagem Fuzzy, as atividades estarão envolvidas com dados subjetivos, o que permitirá levar a uma reflexão sobre as “verdades” da matemática determinística, a uma reflexão relacionada à forma que a matemática pode ser usada, à forma em que os dados podem ser considerados e interpretados, o que está de acordo com as preocupações de uma Educação Matemática Crítica. Com referência às fases da Modelagem Fuzzy, os alunos irão trabalhar com representações de situações da vida real, e vivenciar processos de conversão para outros tipos de representações, como tabelas, gráficos e funções, de forma a interpretar e compreender melhor os dados subjetivos. Nesse sentido nos aproximamos dos conceitos de Representação Semióticas de Duval, que visa avaliar a aprendizagem de Funções, a partir da coordenação entre diferentes registros de representação semiótica. Serão utilizados como instrumentos de coleta de dados: diário de bordo, produção de texto dos alunos, questionários e entrevistas individuais.