Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 5ª Semana da Matemática do Ifes

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CURSO DE EXTENSÃO SOBRE TRANSFORMAÇÕES GEOMÉTRICAS: UMA POSSIBILIDADE PARA (RE)CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO GEOMÉTRICO

Sabrine Costa Oliveira, Sandra Aparecida Fraga da Silva

Prédio: Corredor F
Sala: Sala F6
Data: 2016-05-19 08:00  – 09:00
Última alteração: 2016-05-10

Resumo


Este trabalho versa sobre o desenvolvimento de um curso de extensão sobre transformações geométricas salientando a ligação possível entre a abordagem investigativa e o uso de materiais manipulativos. Para isso são feitas considerações sobre investigação matemática enquanto metodologia de ensino, sobre a formação do professor de matemática que vai ensinar transformações geométricas e sobre o curso de extensão realizado com a participação de professores de matemática dos anos finais do ensino fundamental. Trata-se de uma pesquisa de mestrado em andamento que tem por objetivo identificar indícios de (re)construção do pensamento geométrico e de práticas docentes de professores ao participarem do curso de extensão sobre transformações geométricas. O curso foi organizado em seis encontros presenciais quinzenais, realizados sempre as quartas-feiras de 18h às 22h, para estudo e resolução de atividades sobre o tema abordado e em atividades não presenciais, via ambiente virtual, divididas em cinco semanas. O curso semipresencial foi realizado no Laboratório de Ensino de Matemática de uma instituição federal, durante os meses de setembro a dezembro de 2015, com total de oitenta horas. A proposta do curso previa que os participantes aplicassem em suas salas de aulas algumas das atividades vivenciadas com o uso de materiais manipulativos e compartilhassem essa prática com o grupo no último encontro presencial previsto para dezembro de 2015. No decorrer do curso, dos 22 professores ingressantes, dez concluíram o curso. Acreditamos que essas desistências aconteceram pela dinâmica diferenciada do curso, em que os professores além de frequentar os encontros, precisam produzir/aplicar atividades sobre a temática abordada em suas salas de aulas e trazer um retorno do desenvolvimento. Sabemos que essa dinâmica é algo pouco comum em cursos de formações de professores. Outro indício para o número elevado de desistências foi o período de realização do curso (setembro a dezembro), que é uma fase muito intensa dentro das escolas, exigindo do professor um tempo maior de planejamento de suas ações docentes, fazendo com que este abdique deste tempo para sua formação. O curso representou um espaço para ampliar conhecimentos sobre transformações geométricas em um grupo com práticas colaborativas numa metodologia que privilegiou o diálogo e reflexões sobre o conteúdo abordado. Ao final, percebemos por meio dos relatos que os professores (re)construíram seus conhecimentos relacionados as transformações geométricas e sentiram-se motivados para abordar esse conteúdo em sala de aula.