Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 5ª Semana da Matemática do Ifes

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ENSINO SIGNIFICATIVO DE MATEMÁTICA: A GEOMETRIA NO COTIDIANO.

Aminadabe de Farias Aguiar, Amanda Bobbio Pontara

Prédio: Corredor B
Sala: Sala B2
Data: 2016-05-21 08:30  – 09:30
Última alteração: 2016-05-10

Resumo


De acordo com Paulo Freire (1996), “ensinar exige respeito aos saberes dos educandos”. E cabe ao professor não apenas respeitar os saberes que os alunos trazem de suas vivências em comunidade, mas levá-los a refletirem a razão de ser de alguns desses saberes, comparando-os aos conteúdos estudados. É comum os alunos perguntarem a finalidade de se estudar determinados conteúdos ou mesmo a matemática. Então, torna-se necessário, que o professor, como mediador do processo de ensino/aprendizagem, busque alternativas de ensino que incentive os alunos a construírem seus conhecimentos. A geometria, por exemplo, está presente na vida das pessoas, nos objetos e embalagens utilizadas, até mesmo em brinquedos, proporcionando às crianças o contato com esse assunto de forma lúdica e indireta. Contudo, a maioria das pessoas não percebe essa aplicação e não se dá conta da matemática existente à sua volta. Diante disso, após a revisão da geometria plana e o estudo da geometria espacial, em sala de aula, foi proposta uma atividade, para alunos do 3º ano do Ensino Médio, abordando os Sólidos Geométricos: Prismas, Pirâmides, Cones, Cilindros e Esferas. De modo que eles observassem essas formas tridimensionais presentes no dia a dia e escolhessem um objeto/sólido para fotografar, medir e calcular suas dimensões, como área total e volume. A aprendizagem em sala foi a partir dos sólidos de acrílico, cujas dimensões foram medidas pelos alunos para a realização dos cálculos necessários, objetivando encontrar a área e o volume de cada sólido. A atividade solicitada foi extraclasse e os alunos tiveram total liberdade na escolha, tendo fotografado objetos como: latas, caixas, guarda-roupas, copos, bolas, cone de sinalização, dentre outros. Mediram da forma mais conveniente, de acordo com o tamanho dos objetos, usando régua, trena ou outro meio de medida. Uma das exigências da atividade era que o aluno apresentasse uma foto sua ao lado do objeto. Vale lembrar que dentre os alunos das turmas citadas um é surdo e demonstrou satisfação em realizar a atividade. Observou-se duas frentes de trabalho: os que escolheram objetos mais simples, que lembram prismas quadrangulares, cujos cálculos não exigem grandes esforços, e aqueles que escolheram objetos que lembram cones e cilindros, os quais precisam de mais empenho para encontrá-los e um pouco mais de atenção na realização dos cálculos. Pode-se perceber, a partir dos relatos dos alunos, que a atividade foi bem proveitosa, levando-os a notar a geometria que está próxima a cada um, em ambientes e atividades rotineiras e que não é vista com esse olhar.

 

Palavras-chave: geometria, cotidiano, saberes e sólidos geométricos.

 

Eixo temático: Educação Matemática no Ensino Médio.

 

 

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FREIRE, Paulo – Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 25ª edição.