Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 5ª Semana da Matemática do Ifes

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DESENVOLVENDO A CRITICIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA: UMA EXPERIÊNCIA COM ALUNOS DO 9º ANO

Anderson José Silva, Hélio Rosetti Júnior

Prédio: Corredor B
Sala: Sala B1
Data: 2016-05-21 08:30  – 09:30
Última alteração: 2016-05-10

Resumo


Reconhecendo a importância da Educação Matemática Financeira (EMF) na prática cidadã, os órgãos oficiais reguladores da educação assinalam a proposta como tema transversal do currículo da educação básica. O objetivo deste trabalho é verificar, como uma professora da educação básica trabalha o assunto Educação Financeira (EF) com seus alunos do 9º ano do ensino fundamental. Espera-se que ao final do ciclo básico de ensino, o aluno saiba optar conscientemente por uma compra à vista ou a prazo, entender informações corretas sobre porcentagens, impostos e contribuições previdenciárias. Assumindo um “olhar” qualitativo, podemos aferir que é possível trabalhar o tema de forma contextualizada e adaptada ao desenvolvimento dos estudantes. . A professora Débora (nome fictício) desenvolveu com seus alunos do 9º ano do ensino fundamental, a consciência crítica em relação a promoções do tipo “Pague 2, leve 3”, “Embalagens Econômicas”, “Compre por atacado e economize” e fotos de produtos que não condizem com a realidade. Os estudos permitiram o entendimento de que nem sempre as promoções é o caminho mais vantajoso. Em alguns casos, ficou clara a má fé das instituições de comércio, reforçando novamente a importância do conhecimento crítico, participativo e investigativo nas decisões financeiras. O resultado para os alunos é surpreendente, o despertar analítico fica evidente e o maior indicativo de sucesso, são os alunos afirmando que estarão “policiando” seus familiares em relação à economia doméstica. Com os pressupostos de Ole Skovsmose, a professora procurou envolver os alunos de forma democrática e crítica. Democrática no sentido de que todos participantes contribuíram de alguma forma na condução das atividades e também crítica porque os discentes não foram enveredados pelos caminhos da repetição e decoreba, sendo assim, cada participante tornou-se um analista crítico de suas ações que o levou a vários questionamentos e mudanças de atitudes. A questão perpassa exatamente na maneira à qual o assunto é abordado.  A EMF inicialmente preocupa-se em discutir as relações financeiras e a criticidade necessárias frente uma sociedade capitalista em que a maioria das instituições financeiras opera com juros altos e frequentemente oferecem uma gama de cartões de crédito com taxas exorbitantes para os potenciais clientes. Assim, podemos simplificar os objetivos da EMF citando que esta prepara o indivíduo para uma participação consciente e ativa na sociedade no que tange as finanças e economia. Ressaltamos que trabalhar a Educação Financeira com os alunos não é apenas ensiná-los a administrar o dinheiro, mas transmitir valores éticos e morais como: cumprimento de prazos e valores acordados, aversão por qualquer tipo de corrupção e principalmente levar os discentes a uma consciência ambiental que privilegie o pensamento coletivo e humanitário.

Palavras-chave: Educação; Matemática Financeira; Criticidade.

 

Eixo temático: Educação Matemática nos Anos Finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano)