Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 4ª Semana da Matemática do Ifes

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EMOÇÕES AO COMPREENDER UMA SITUAÇÃO PROBLEMA ENVOLVENDO DIVISÃO

Zleinda Schultz Kuster

Prédio: Corredor B
Sala: Mini Auditório 1
Data: 2015-05-27 08:30  – 08:50
Última alteração: 2015-08-25

Resumo


Esse trabalho tem por objetivo relatar uma experiência vivida com um 4° ano, de uma escola da prefeitura municipal de Vila Velha, ES, sobre uma situação-problema envolvendo divisão. A ideia surgiu através de discussões sobre divisão num grupo de estudos de Educação Matemática. Levando em consideração que Os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998, p. 67) para o terceiro ciclo recomendam que o professor ajude a “superar a mera memorização de regras e de algoritmos e os procedimentos mecânicos que limitam, de forma desastrosa, o ensino tradicional do cálculo” e para fazer um diagnóstico sobre o que os alunos sabiam sobre divisão, aproveitei a fase vivida com a copa do mundo de 2014 e propus a seguinte atividade: “Na decoração de um pátio escolar para a copa, foram cheios 575 balões. Quantos alunos participaram se cada um deles encheu apenas 5 balões? Sobrou algum balão vazio? A atividade foi realizada em dois momentos. No primeiro, entreguei e disse a eles que deveriam tentar resolver sem minha interferência ou de colegas. Percebi que sentiram muita dificuldade pois pediam ajuda e faziam alguns questionamentos, mas como combinado, deveriam fazer sozinhos. Parecia que a atividade estava muito distante da compreensão deles. Depois do tempo que havia combinado para a entrega, recolhi e, ao fazer a verificação, pude constatar o resultado da angústia que era visível durante o processo. Dos 21 alunos participantes, nenhum chegou ao resultado esperado e ninguém usou a divisão como forma de resolução. No segundo momento, no mesmo dia após o intervalo, entreguei a mesma situação-problema e desta vez, antes que resolvessem, levei-os a se colocarem como coautores dela, pedindo que imaginassem como se eles e o pedagogo da escola estivessem fazendo a decoração do pátio escolar. Levei-os a interpretarem o que estava escrito e proposto. Seguiram para a resolução e pude ver uma certa tranquilidade no olhar dos alunos que tentavam resolver com mais segurança e sem questionamentos. Ao recolher e analisar o resultado, pra minha surpresa, dos 21 alunos que fizeram a atividade, 17 resolveram o problema utilizando o algoritmo da divisão sendo que 5 chegaram à resposta esperada e os outros com pequenos erros. Quando os indaguei como havia sido o segundo momento, disseram que foi bem mais fácil pois compreenderam o que e como deviam fazer. A alegria por terem compreendido estava nítida. Como professora tenho percebido que a divisão está muito presente na vida cotidiana do aluno, mas quando é necessário fazer um registro ou resolver uma situação-problema envolvendo divisão, tudo parece ficar distante e difícil. Por outro lado, se ele se percebe como parte do processo e compreende a situação problema, a dificuldade na resolução é amenizada obtendo um resultado mais perto do esperado

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