Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 4ª Semana da Matemática do Ifes

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MATEMÁTICA NO CELULAR: UMA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II

Marilete Batista Vitória, Talita Moraes Modolo, Dilza Côco

Prédio: Corredor de Laboratórios
Sala: Laboratório de Prática de Ensino Integrado
Data: 2015-05-29 03:00  – 03:20
Última alteração: 2015-05-09

Resumo


Este trabalho apresenta uma experiência didática vivenciada em uma turma conclusiva do ensino fundamental na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), em uma escola pública da rede municipal da grande Vitória. A experiência ocorreu durante uma aula de regência desenvolvida no contexto das atividades da disciplina Estágio Supervisionado II do curso de Licenciatura de Matemática do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) – Campus Vitória – ES. Entendemos que a disciplina de estágio supervisionado proporciona condições aos licenciandos de aproximação do contexto escolar como futuros docentes. Desse modo, licenciandos têm oportunidade de identificar novas e variadas estratégias de formação profissional, traçar possíveis soluções diante de desafios docentes, estimula desenvolvimento de conteúdos acadêmicos e o raciocínio pedagógico e ainda desperta o espírito critico e a capacidade de interação com o meio escolar. Diante da problemática do uso indevido do celular pelos alunos em sala de aula, planejou-se uma aula que o uso do celular pudesse ser vinculado ao aprendizado de conteúdos matemáticos se tornando assim um recurso didático, Tedesco (2004, pg. 2) afirma que a incorporação das novas tecnologias à educação deveria ser considerada como parte de uma estratégia global de política educativa. A atividade investigativa proposta iniciou com a apresentação de fotos da história da evolução das calculadoras e dos celulares, a fim de despertar a curiosidade e envolvimento dos alunos na aula. Nessa etapa foram explorados conhecimentos prévios dos alunos/as numa dimensão oral. Em seguida, foi realizada uma revisão do cálculo de áreas de figura plana e conversão de unidades. Após essas orientações iniciais, solicitou-se que os alunos estimassem, sem medir previamente, e comparassem com seus colegas, quais seriam as medidas da área frontal do celular, o seu peso e quantas polegadas teria o visor. Posteriormente, utilizou os instrumentos de medida, régua e balança de precisão, para realizar os cálculos e conferência entre os valores estimados e os valores reais. Mesmo sendo uma turma que estaria concluindo o ensino fundamental, notamos muita dificuldade na realização de operações básicas, como, por exemplo, o cálculo de 10x6. No entanto, o envolvimento dos sujeitos foi satisfatório, uma vez que ao longo da aula o celular foi constantemente utilizado, como recurso didático, sendo a principal ferramenta para a realização da atividade. Essa experiência didática mostra que ao abordar conhecimentos matemáticos vinculados a uma situação da realidade dos alunos da EJA, ou seja, reconhecer que no objeto celular encontramos a presença de saberes matemáticos, desperta o interesse e mobiliza o envolvimento dos sujeitos no processo de aprendizagem.

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