O relato tem como objetivo apresentar a experiência da Caixa Matemática, por acreditar que o fazer matemática pode ser diferenciado e contribuir com o aprendizado dos alunos. A ação da Caixa Matemática contou com a colaboração de Orientadoras, Professores, Alunos, Formadores e Coordenadores participantes do Programa de Formação Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC)/2014. A partir de uma metodologia participativa, abordou-se o uso de materiais concretos e jogos na Educação Matemática, refletiu-se sobre a intencionalidade pedagógica desses recursos, explorou-se a Caixa Matemática e incentivou-se a organização da Caixa nas salas de aula do município. O início do percurso dessa experiência ocorreu no 2º encontro de Formação da UFES/PNAIC, sendo orientado que a ideia da Caixa Matemática fosse levada para a formação do município. Nos encontros, as orientadoras do 2º ano, apresentaram a caixa e abordaram a temática com os professores, sendo o texto “Caixa Matemática e situações lúdicas” (Caderno PNAIC 3, p.19 a 23), ponto de partida da problematização e do incentivo para o (a) professor (a) organizar sua própria caixa. Com o debate e a vivência de um jogo, problematizou-se o uso de jogos e materiais concretos na sala, como eles auxiliariam o trabalho pedagógico e potencializariam o desenvolvimento dos conceitos matemáticos. Os cursistas consideraram essa reflexão fundamental e complementaram que os jogos e materiais concretos seriam de grande importância na aprendizagem e o que professor precisaria mediar as atividades com esse tipo de material. Portanto, os jogos e materiais concretos foram apresentados sob a perspectiva de contribuírem para uma infinidade de situações-problemas que poderiam ser provocadas com os alunos, corroborando assim com a ideia defendida por Grando (2010, p. 3), que aponta a importância do jogo para a aprendizagem dos conceitos matemáticos, a partir da intervenção do professor, do debate entre os alunos, do registro e sistematização dos conhecimentos surgidos, a partir do jogo e de um trabalho sistematizado pelo professor. Após o debate, as orientadoras propuseram a confecção das Caixas Matemáticas e grande parte dos professores mesmo enfrentando algumas dificuldades, organizaram-nas com a ajuda dos alunos e profissionais da escola, tornando-se parte da rotina das turmas, de maneira a contribuir com o desenvolvimento de práticas que potencializaram o aprendizado dos conceitos matemáticos.