Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 4ª Semana da Matemática do Ifes

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA O ENSINO E A APRENDIZAGEM DE GEOMETRIA: UMA EXPERIÊNCIA METODOLÓGICA NO 6º ANO

Renan Oliveira Altoé

Prédio: Corredor C
Sala: C5
Data: 2015-05-29 03:20  – 03:40
Última alteração: 2015-05-09

Resumo


Ensinar matemática tem sido, frequentemente, uma tarefa difícil para muitos educadores. Isso decorre, muitas vezes, da visão distorcida que o educando tem da matemática desde os seus primeiros contatos (MACHADO, 2005). Além disso, as dificuldades em aprendê-la podem ter ligação à pedagogia tradicional utilizada em sala de aula, pautada em procedimentos sem compreensão, havendo distanciamento entre a teoria e a prática, bem como a insistência na memorização de fórmulas e procedimentos (BORDENAVE, 1999). Assim, pensando em proporcionar um Ensino e uma Aprendizagem da Geometria Plana diferente das metodologias tradicionalistas, objetivou-se desenvolver uma Sequência Didática para 6ª ano de uma Escola Estadual do Município de Vargem Alta, que proporcionasse a interação dos educandos às aulas e com o conteúdo, estabelecendo relações entre conceitos e representações geométricas, associando-as ao universo cotidiano. A elaboração do material contou com atividades de livros didáticos, com fotografia da igreja da comunidade local, com o jogo Tangram e imagens que retratam a arte e projeto de casas. O desenvolvimento da Sequência Didática ocorreu em cinco etapas, sendo a primeira um momento de observação da estrutura física da escola, a fim de diagnosticar o conhecimento prévio dos educandos a respeito do conteúdo. A segunda etapa configurou-se momento de aula dialógica, dinamizada, a fim de proporcionar melhor compreensão de conceitos e de determinação de fórmulas de áreas de figuras planas. A terceira etapa constituiu-se de atividades de livros didáticos, buscando estabelecer relações entre conceitos e fórmulas aprendidas e suas aplicabilidades na resolução de problemas. Para relacionar a Geometria Plana ao universo cotidiano, a quarta etapa estruturou-se em fotografias e imagens nas quais os educandos calculariam a área das figuras planas destacadas. Por fim, a quinta etapa exigiu dos alunos calcular a área de cada peça do jogo Tangram, e com elas, criar figuras aleatórias determinando suas áreas totais. Constatou-se por meio dessa metodologia educandos mais interessados, incentivados, motivados e curiosos. Relataram que poder contribuir com o que sabem a respeito do conteúdo junto ao professor na primeira e segunda etapas, prática que normalmente não acontece, foi para eles acreditar que “sabem alguma coisa”. Além disso, afirmaram que tinham conhecimento da presença da Geometria Plana em suas vidas, mas com a quarta etapa conseguiram visualizar melhor o que antes era abordado no quadro negro de maneira ilustrativa. Interessantemente, um aluno relatou desconhecer ser possível calcular a área das peças do “Tangram” e, com a aplicação da quinta etapa, o jogo passou a ser mais interessante. Nesse último momento, a criatividade tomou conta da criação das figuras, originando diferentes interpretações por parte dos envolvidos. Concluiu-se que permitindo os educandos conquistarem uma nova maneira de aprender, ajuda-os a estabelecer ligações do conteúdo com a realidade, sua importância e aplicabilidade.

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