Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 4ª Semana da Matemática do Ifes

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A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA COMO UM RECURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO DE EQUAÇÕES DO 2° GRAU: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Tiago Bissi, Lígia Arantes Sad

Prédio: Corredor da Mecânica
Sala: Auditório da Mecânica
Data: 2015-05-29 03:00  – 03:20
Última alteração: 2015-05-09

Resumo


A História da Matemática inserida no contexto da Educação Matemática vem sendo estudada por inúmeros pesquisadores em todo o mundo. Vários argumentos são utilizados a fim de enaltecer o uso da História na Educação Matemática, o argumento reforçador que tem sido comum é de que a História pode fornecer ao educando uma visão mais ampla da Matemática de forma a perceber como teorias foram criadas, consolidadas e utilizadas em um contexto, mostrando ao aluno uma visão menos estática e unilateral da Matemática. Utilizar a História da Matemática em sala de aula é romper com estruturas e abordagens por vezes enfadonhas. O presente texto relata uma experiência vivida em sala de aula. Utilizando a História da Matemática como um instrumento auxiliar no ensino de Equações do Segundo Grau para alunos da 8ª série, foi proposta uma sequência didática que associava elementos e fatos históricos ao aprendizado da Matemática. As quatro intervenções ocorreram em duas turmas de 8ª série no município de Santa Maria de Jetibá – ES. Cada intervenção buscou apropriar-se de um pouco daquilo que muitos teóricos abordam. A primeira aula foi dedica às fontes primárias da História da Matemática, para tanto, réplicas da Tableta Plimpton 322 e do Papiro Rhind foram levadas à sala, aguçando a curiosidade dos alunos, servindo como contexto para a teorização das equações e de como o seu surgimento se deu de maneira natural. A segunda aula trouxe em forma de vídeo, um pequeno documentário que contemplava a História das Equações do 2º grau, desmistificando, também, que o nome Fórmula de Bháskara não diz respeito a seu criador, porém, que é um erro cometido principalmente em livros didáticos brasileiros. A terceira intervenção trouxe a tona a importância dos escribas e de quão fundamental era a sua função, principalmente na Matemática; neste dia foi enfatizada a questão da linguagem retórica em Matemática e de como interpretar tais frases para a linguagem matemática, transpondo problemas em Equações do 2º Grau. Na quarta intervenção, os alunos foram divididos em grupos para disputarem um jogo de verdade ou mentira, acerca de tudo o que estudaram nas últimas aulas. Com as intervenções obtemos resultados satisfatórios, as opiniões coletadas dos alunos em seus “Diários de Aprendizagem” (instrumento de coleta de dados) evidenciaram isso. Nas intervenções em sala de aula, observou-se que as atividades desenvolvidas em consonância aos conteúdos propostos, como jogos, resolução de problemas e curiosidades matemáticas, motivaram os alunos à aprendizagem. Assim as aulas se tornaram um espaço celebrativo da cultura matemática e conhecimento, enaltecendo o múltiplo convívio entre história e matemática.

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