O presente relato trata-se de uma reflexão sobre um trabalho colaborativo desenvolvido pela professora Mediadora de Informática e pela professora Colaboradora de Ações Inclusivas para atender a um grupo de seis estudantes portadores de Necessidades Educativas Especiais (NEE) da turma de 5º ano de uma escola de uma Rede Municipal de Ensino. O objetivo do trabalho foi ensinar um conteúdo de geometria (figuras geométricas) aos estudantes portadores de NEE por meio da utilização do Tangram (material concreto) e de um software sobre Tangram que foi utilizado no Laboratório de Informática sob a perspectiva de jogo e construção de desenhos formados com as figuras geométricas. Muitos pesquisadores discutem questões sobre os portadores de Necessidades Educativas Especiais/Educação Inclusiva e da Educação Matemática, entre eles Maria Teresa Mantoan e Ubiratam D´Ambrosio que serviram de embasamento teórico para este trabalho. Ressaltamos que algumas escolas e alguns de seus profissionais ainda demonstram certa dificuldade em lidar com estudantes que necessitam de tratamento diferenciado. Nesse sentido, realizamos um trabalho colaborativo na tentativa de atender aos estudantes da turma de 5º ano que possuíam algumas especificidades educativas, utilizando o material concreto e um software sobre Tangram como ferramentas facilitadoras para a compreensão do referido conteúdo de geometria. Uma vez que o atendimento para os referidos estudantes foi realizado na perspectiva da inclusão educacional, a atividade foi desenvolvida em sala de aula para toda a turma e somente no laboratório de Informática é que tais estudantes tiveram um atendimento individualizado, a fim de se trabalhar também as suas habilidades motoras. Segundo D´Ambrosio (2012, p. 82) “a função do professor é a de um associado aos alunos na consecução da tarefa e, consequentemente, na busca de novos conhecimentos. Alunos e professores devem crescer, social e intelectualmente, no processo”, nesse sentido intencionamos uma atividade que fosse realizada pelos estudantes portadores de NEE juntamente aos seus pares (duplas) ou sob a orientação das professoras e vimos que diante disso, cada estudante em seu tempo e perante sua capacidade cognitiva conseguiu participar e construir seu desenho com as figuras geométricas. Com isso, tentamos propiciar aos estudantes portadores de NEE uma condição de igualdade perante aos demais colegas de classe, no que concerne ao ensino e aprendizagem da matemática dentro do ambiente escolar, bem como, possibilitar uma oportunidade de participar ativamente em seu processo de aprendizagem, por meio de uma atividade matemática significativa sob uma perspectiva de inclusão e colaboração