A Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem sido um campo de muitas pesquisas, pois os alunos dessa modalidade têm particularidades que os diferenciam das demais modalidades de ensino, por serem pessoas que em algum momento de sua vida não tiveram direito a educação como apontam Zen (2011) e Brasil (2007), e que em tempos atuais, convivem com mazelas de injustiças sociais, mas mesmo assim ainda regressam as salas de aula após longas pausas, com esperança de uma vida melhor. O número de evasão na EJA tem sido crescente por diversos motivos, dentre eles estão o cansaço decorrente da rotina de trabalho, a desmotivação em estar na escola e a dificuldade de aprendizagem, se comparados aos mais jovens como relata Cosme (2011). O presente trabalho se deu devido á indagações que acometeram a partir das experiências profissionais, na busca por métodos que favoreçam a aprendizagem dos alunos como ressalta Salvador (1994), para que os mesmos sintam-se motivados e estimulados a aprender e estar na escola. Embora autores como Carvalho (1994), Ribeiro (2009), Porto e Carvalho (2000), Lorenzato (2010) afirmem que o uso de recursos nas aulas pode auxiliar na aprendizagem, constata-se nesta pesquisa que esses não substituem o professor, mas que os recursos utilizados devem servir de mediadores entre o aluno e o conhecimento, sempre com auxilio do professor. Tendo em vista que os estudantes da EJA já possuem uma bagagem de conhecimento como aponta Soek; Haracemiv; Staltz (2009) e Freitas (2010). Este trabalho é fruto de uma pesquisa de campo realizada entre agosto e novembro de 2013, com alunos da 8ª etapa na modalidade EJA, de uma escola de ensino médio localizada no Município de Cariacica-ES, com objetivo de conhecer os materiais utilizados pela professora nas aulas de matemática e a opinião dos alunos acerca desses recursos. Foram utilizados estudos da Proposta Política Pedagógica da instituição, observação de aulas, do ambiente escolar e dois questionários aplicados aos alunos, um no inicio do acompanhamento para conhecer os educandos e o outro ao final para avaliação das aulas e dos recursos utilizados por parte dos alunos, como instrumentos de coleta de dados descrito por Sad (2011). Os resultados foram satisfatórios, pois apontaram contribuições significativas do cotidiano e da pratica escolar, a motivação dos alunos durante as aulas de matemática, tanto na hora das explicações onde a participação foi notória, quanto durante a resolução de exercícios e o enriquecimento profissional proporcionado ao conhecer novos métodos e alternativas que auxiliem na aprendizagem do discente