Com a formação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) e com o objetivo de criar um canal de comunicação entre tutora e cursistas surge a ideia de criar um blog em formato de diário de bordo virtual, sobre os encontros do curso que foram realizados, materiais disponibilizados e imagens dos momentos presenciais. Obtendo a amplitude nacional, além do esperado, o blog tornou-se referência à outros orientadores e professores de 1º ao 3º ano oportunizando interatividade, trocas de experiências e intercâmbio entre várias cidades e estados brasileiros como Taguatinga – TO, Neóplis – SE, Campo Mourão – PR, Catingueira – PB, entre outros, sobre o ensino da matemática, sendo o ponto de partida as formações de orientadores PNAIC/Universidades e de professores alfabetizadores do 1º ano PNAIC/Guarapari. A matemática, relatada pelas próprias cursistas, como uma área de conhecimento que causa receio e gera dúvidas no ensino, seja devido a experiência pessoal nem sempre satisfatória no processo escolar ou pela formação profissional inadequada, a formação e o espaço virtual tornaram-se um caminho ainda mais interessante aos planejamentos e as práticas pedagógicas. Conteúdos como agrupamentos, quantificação, sistema de numeração decimal, resolução de problemas, geometria, grandezas e medidas e educação estatística refletiram novos olhares nos anos iniciais no ensino da matemática, nas atividades propostas e em reflexões sobre os usos da matemática no contexto social/educacional e em outros campos do saber, como defende D’Ambrósio ao explicitar a Etnomatemática e as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s). Foi gratificante perceber o quanto educadores buscam suporte e reflexões sobre a prática pedagógica e atividades inovadoras aos seus alunos. São cerca de cinco mil visualizações mensais com recados e comentários em postagens ou via e-mail buscando novos conhecimentos, sugestões de práticas, jogos, literaturas que envolvam os conteúdos matemáticos ou solicitações de materiais didático-pedagógicos na área. Questões como “Para que serve contar?” “Para que serve fazer contas?” e “Para que serve medir?” conduziu os professores a encantar-se pelas respostas dadas por seus alunos e não subestimar os conhecimentos prévios dos mesmos em relação a matemática e prosseguir com mais entusiasmo. Os estudos de caso, relatos de experiências dos cadernos, vídeos utilizados e troca de ideias possibilitaram analisar as dificuldades encontradas, formular novas estratégias e planejar no coletivo os próximos dias letivos no decorrer do ano, de acordo com o alinhamento de conteúdos, mesclando a realidade vivenciada com as necessidades constatadas. Ao avaliar a formação ao término do curso, as professoras cursistas citaram o tema: Organização do Trabalho Pedagógico nas aulas de Matemática como o mais relevante e, Resolução de Problemas e Tratamento de Informação os temas que demandam mais planejamentos e estudos para aulas mais dinâmicas e significativa aos seus alunos.