Este relato versa sobre uma experiência realizada em três turmas de Ensino Médio de uma escola estadual do município de Vitória. As duas aulas foram realizadas nos dias 28 e 29 de agosto de 2014, com objetivo de fomentar discussões sobre o conceito juros e como esse conteúdo é importante para a compreensão da matemática do comércio e da indústria, numa perspectiva crítica da Educação Financeira. Iniciamos a primeira aula apresentando a reportagem “Matemática financeira nas escolas pode contribuir para crescimento do PIB brasileiro, avalia Banco Mundial”, veiculada no Portal R7, no dia 05 de maio de 2014, e exibimos o vídeo “As armadilhas da compra a prazo”, exibido no Jornal Hoje, em 06 de maio de 2009. Após a etapa de apresentações, discutimos como os conhecimentos matemáticos já estudados podem contribuir para uma melhor utilização do dinheiro, pois, no vídeo, um economista mostra vantagens de poupar dinheiro antecipadamente para fazer uma compra. A partir dessas reflexões iniciais, questionamos a importância do planejamento doméstico para que, em seguida, pudéssemos abordar os conteúdos matemáticos de juros simples e compostos. Assim, exploramos o processo que foi realizado no vídeo para o cálculo dos rendimentos na caderneta de poupança e estimulamos os alunos a sistematizarem seus raciocínios. Como forma de avaliação, convidamos os alunos a verbalizarem suas estratégias, de modo a socializar o conhecimento com os colegas e estabelecer relações entre diversas possibilidades de resoluções para uma mesma atividade. Na aula seguinte, com contribuições de bolsistas do Pibid-Ifes, fomos ao laboratório de informática da escola, onde construímos uma planilha eletrônica para controle doméstico. Ao final da dinâmica, solicitamos que os alunos redigissem um texto, justificando as vantagens de se poupar dinheiro e de se organizar financeiramente antes de efetuar alguma compra. Com isso, promovemos reflexões sobre a importância do consumo consciente e do planejamento orçamentário familiar.