A degradação da natureza, a extinção de animais, a poluição da água, reações em cadeia como essas têm despertado na humanidade uma nova maneira de ser. Embora todos nós sejamos levados a acreditar que nossa participação individual no mundo é irrelevante, na prática, nossas ações interferem, e muito, em toda a dimensão planetária, pois vivemos em rede, interligados aos outros seres e a toda a natureza.  Nesse sentido, a Educação Ambiental se apresenta como uma relevante alternativa na busca da organização do mundo em espaços sociáveis mais conscientes e harmônicos. Tendo em vista o caráter interdisciplinar, da Educação Ambiental, que colabora de forma decisiva para a mudança nos rumos da educação e, conseguinte, do mundo que estamos construindo, seu condão de melhorar a existência do ser humano na Terra passa a ser defendido no meio acadêmico de um modo geral. Pensar em estratégias didáticas voltadas para o ensino fundamental e que despertem no educando o interesse e a participação nas aulas são pontos-chaves para a incorporação de novas atitudes no cotidiano dos alunos, tornando-os atores sociais multiplicadores das ações em defesa do meio ambiente e de sua própria sobrevivência. Com isso, escola e educadores que buscam caminhar nessa direção precisam identificar a impossibilidade de dissociar os conteúdos apresentados no ambiente escolar, como as experiências vividas pelos discentes, fora da sala de aula. Pensar o espaço não formal de educação como um meio de contribuir para a Educação Ambiental surge, pois, como um espaço tempo capaz de favorecer a associação de novos saberes a saberes já arraigados pela comunidade, de forma leve e abrangente. A pesquisa em questão propõe compreender como o espaço não formal de educação chamado de Parque da Cidade, localizado no município de Serra-ES pode ser utilizado para a inserção dos temas de Educação Ambiental no cotidiano escolar, o qual poderá se tornar parte de sequências didáticas das práticas pedagógicas dos professores do ensino fundamental das séries finais dessa municipalidade.  A pesquisa será realizada nas seguintes etapas: revisão sistemática de literatura, tomando como critério de inclusão a teoria produzida nos últimos cinco anos; visita periódica ao espaço selecionado para fazer a articulação de práticas pedagógicas possíveis com o cotidiano dos alunos da rede de ensino de Serra-ES; elaboração dos roteiros propriamente dito, elaboração de sequências didáticas, aplicação por mais de dois professores e avaliação. Tais roteiros deverão apresentar aos professores um rico material a ser explorado sobre o espaço educativo não formal escolhido, divulgando, orientando o trabalho docente e proporcionando, a posteriori, a interação entre professor e aluno fora do espaço escolar.