Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, II Seminário de Pós-graduação em Educação em Ciências e Matemática

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ATIVIDADES INVESTIGATIVAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS: ANÁLISE PRELIMINAR DE UMA SEQUENCIA DIDÁTICA SOBRE O TEMA FUNGOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

Helania Mara Grippa, Manuella Villar Amado

Última alteração: 2012-11-26

Resumo


A presente pesquisa consistiu na utilização de diferentes atividades por meio de um ensino investigativo com o tema fungos, de forma a propiciar aos alunos a oportunidade de agir, acompanhar ações e demonstrações integradas à argumentação, questionamentos e discussões com o professor, que atuou como mediador do conhecimento, contrapondo aos modelos de experimentos de laboratório tradicional. As atividades investigativas no ensino de ciências foram propostas dentro de uma sequencia didática sobre o tema Fungos e desenvolvidas em três turmas de sétimo ano (6ª série) do ensino fundamental das séries finais da EMEF “Luiza Silvina Jardim Rebuzzi”, localizada no município de Aracruz/ES. A pesquisa foi desenvolvida com uma abordagem qualitativa, através da aplicação de questionários e de registros por meio de filmagem e diário de bordo. A sequencia didática foi estruturada segundo o modelo metodológico dos Três Momentos Pedagógicos (TMP) de Delizoicov, sendo construída a partir de nove atividades abordando o tema fungos. As atividades foram construídas para proporcionar um ensino por investigação dentro de uma abordagem CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade) e em consonância com a teoria de Paulo Freire. Foi possível constatar com a aplicação da sequência didática uma evidente interação dialógica entre professor-aluno, permeando momentos onde os alunos puderam expor suas ideias e questionar de forma a possibilitar um ambiente colaborativo, participativo e dialógico. Observou-se que a sequencia didática realizada também atingiu os objetivos da alfabetização científica, de forma que os mesmos estabeleceram relação entre os saberes cotidianos e científicos. Neste contexto, as atividades investigativas constituem-se de um grande recurso direcionador do processo de ensino-aprendizagem e se enriquecem quando voltadas para a formação de cidadãos participativos, capazes de estabelecer relações entre os conhecimentos das ciências, as tecnologias associadas a estes saberes e as conseqüências destes para a sociedade.