O uso das plantas pelos seres humanos é conhecido desde a pré-história humana e, atualmente, esse conhecimento vem sendo difundindo em diversas áreas de conhecimento. Ao observar o aspecto medicinal, pode-se considerar que as plantas, ao longo da história, constituem-se como uma tecnologia social que associa o conhecimento tradicional/cultural com a possibilidade de desenvolvimento de substâncias que tratam e/ou curam doenças, embasando áreas científicas como a biotecnologia e a farmacêutica. No ensino médio, o conteúdo de biologia sobre plantas está previsto no currículo apenas pela anatomia e fisiologia vegetal, desvinculado de outros conteúdos e de outras disciplinas, além de se apresentarem descontextualizados da cultura e da realidade do aluno. Com o objetivo de contribuir com uma aprendizagem significativa, o presente projeto utilizará as plantas medicinais como um tema gerador de um projeto interdisciplinar como uma estratégia de ensino na preparação dos alunos para uma aprendizagem significativa, na visão de David Ausubel. Conteúdos de língua portuguesa, química e artes serão articulados a partir de uma abordagem CTSA a fim de contribuir para a desfragmentação do conhecimento científico e para a formação de sujeitos críticos e emancipados. A pesquisa será desenvolvida com abordagem qualitativa, construída a partir da observação do autor, pesquisa-ação, questionários e entrevistas. O presente trabalho será desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Médio “Clóvis Borges Miguel”, localizada em Serra-ES. Os questionários, bem como as observações do autor, serão analisadas com base nas recomendações de Bardin. Como produto final será produzido um guia de orientações para implantação desse projeto pedagógico sobre plantas medicinais nas escolas que será construído a partir da descrição das estratégias adotadas pelos professores na condução de uma aprendizagem significativa.