Uma atividade investigativa, não necessariamente de laboratório, é uma importante estratégia no ensino de ciências, oportunizando ao aluno descobrir conexões entre os saberes escolares, saberes científicos e saberes populares, muitas vezes, envolvendo questões socioambientais, históricas, econômicas e culturais. Essas atividades devem estar acompanhadas de situações problematizadoras, questionamentos e diálogos. Essas ideias corroboram os pressupostos do enfoque Ciência-Tecnologia-Sociedade-Ambiente (CTSA). Essa pesquisa foi planejada com base nas ideias de Glen Aikenhead, António Cachapuz, Daniel Gil-Perez e Wildson Santos, que argumentam a necessidade de renovar do ensino de ciências. Partimos da hipótese de que as atividades investigativas nas séries iniciais, quando são introduzidas em sequencias didáticas, propiciam a formação de indivíduos críticos, autônomos, capazes de intervir nos processos cotidianos, atuando como sujeitos protagonistas de suas vidas. O objetivo desta pesquisa é estudar o desenvolvimento de sequências didáticas de ciências com atividades investigativas desenvolvidas nas séries finais do ensino fundamental. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, construído a partir de observações realizadas pelo pesquisador, entrevistas, questionários e análise de documentos oficiais. Este estudo será realizado em três etapas: (a) diagnóstico das práticas pedagógicas realizadas em uma escola públicas de ensino médio do município de Serra/ES nos últimos dois anos; (b) desenvolvimento de sequencias didáticas contendo atividades investigativas de ciências do Ensino Fundamental durante o ano de 2013 (c) realização de um curso de formação continuada para professores da área das Ciências da Natureza sobre Atividades Investigativas no Ensino de Ciências, com vistas a produção colaborativa de relatos de experiências no ensino de ciências. O produto final dessa pesquisa será um livro sobre atividades investigativas no ensino de ciências contendo relatos de experiências docentes.