Vivemos em uma sociedade que incorporou ciência e tecnologia no seu cotidiano, e caminhar nessa direção é basicamente uma imposição ao sistema educacional vigente, uma vez que a utilização da tecnologia não é mais que um simples indicador do dinamismo de nossas sociedades. Baseado nesse dinamismo, tendo como principal recurso a utilização da internet, que a Educação a Distância (EAD) se desenvolve, usando processos metodológicos encontrados na educação presencial somados  as renovações pedagógicas que levam a inúmeras oportunidades educacionais. Para que essas oportunidades sejam convertidas em propostas concretas é necessário que os profissionais envolvidos repensem práticas e referências teóricas que respaldem novas práxis e metodologias de ensino-aprendizagem próprias da EAD. Esses profissionais devem estar inseridos em processos de formação continuada que os coloque diante de nova maneira de ensinar e aprender, uma vez que, nesse campo, há fragilidades na formação inicial de professores. Essa formação, que pode se dar em diferentes contextos espaciais e temporais, precisa de um re-olhar para as práticas educativas formais normalmente encontradas, desenhando, portanto, um novo cenário para o fazer docente. A questão que respondemos nessa pesquisa é, portanto, o que subsidia esse re-olhar quando nos voltamos para a formação de professores que atuam em disciplinas de matemática em cursos oferecidos pelo Ifes, na modalidade de educação a distância? Inicialmente verificamos que aspectos como ausência de problematização no desenvolvimento das atividades propostas e realizadas no ambiente virtual, falta de exploração de contextos que proponham o questionamento real e investigativo e interação entre professores e tutores são os problemas a serem focados em uma possível formação de professores de matemática para atuação na EaD. Teorias respaldadas nos estudos de Borba, Skovsmose e Freire nos ajudam a apontar que essa formação precisa se basear na aprendizagem dialógica, na resolução de problemas como metodologia de ensino-aprendizagem e em recursos tecnológicos que possam funcionar como micromundos de aprendizagens.