Eventos do Instituto Federal do Espírito Santo, 4ª Semana da Matemática do Ifes

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CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS: “MATEMATIZANDO COM LITERATURA"

Marinalva C. Souza, Dilza Côco

Prédio: Corredor B
Sala: Mini Auditório 2
Data: 2015-05-28 06:30  – 09:30
Última alteração: 2015-05-22

Resumo


O minicurso pretendido tem como objetivo apresentar aos professores do ciclo inicial do ensino fundamental, e demais interessados, a arte de contar histórias como um recurso estético-metodológico no processo ensino-aprendizagem de conceitos matemáticos iniciais com foco na alfabetização matemática. Não se pode negar o poder das histórias, pois suscita o imaginário, alimenta a curiosidade e ajuda a solucionar questões que povoam o universo infantil. Nessa perspectiva é possível visualizar uma conexão bem sucedida entre a literatura infantil e os vários campos do saber, em especial a matemática. Nessa perspectiva, Souza e Rosa (2010), afirmam que “a conexão permite a reflexão e/ou diálogo sobre os elementos, os aspectos, as ideias, os conceitos matemáticos e as outras áreas do conhecimento, bem como sobre as diferentes visões de mundo presentes na literatura” (p. 959). Contudo, é importante não restringir a literatura a fins didáticos reduzindo seu potencial como obra de arte. A arte, em sua variada forma de manifestação, favorece no sujeito o “desencadeamento de um processo reflexivo fundamental na formação do indivíduo, possibilitando que o sujeito repense seu cotidiano e amplie seu conhecimento de mundo, do outro e de si” (CHISTÉ, 2011). O minicurso será um espaço colaborativo de estudos teóricos e práticos da “Arte de Ler e Contar Histórias” e de fundamentos matemáticos no eixo grandezas e medidas. A dinâmica alterna exercícios práticos de elementos da arte de narrar histórias, como: desinibição, expressão corporal, aquecimento e uso da voz e do olhar. Na sequencia realizaremos estudo de textos literários que servirão de elo entre as vivências infantis e a conceituação matemática dentro do eixo priorizado. “Vivências [numa perspectiva vigostkiana] englobam tanto a tomada de consciência quanto a relação afetiva com o meio e da pessoa consigo mesma, pela qual se dispõem, na atividade consciente, a compreensão dos acontecimentos e a relação afetiva com eles” (TOASSA, 2011, p. 231, apud, MARQUES e CARVALHO, 2014, p.43). Assim, a história se apresenta como um instrumento privilegiado que ultrapassa o entretenimento e abrange o processo de afirmação da autoestima, a promoção da leitura, proporciona a valorização e divulgação das narrativas orais e escritas e se torna um importante recurso na atribuição de sentidos dos conceitos matemáticos.

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